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Projeto – Tempo para SI – APPACDM

O(a) cuidador(a) informal é a pessoa que assume preferencialmente a prestação de cuidados à pessoa dependente, podendo ser um familiar, amigo ou pessoa próxima que assume a função de cuidador principal a outrem. Este Programa pretende abranger os(as) cuidadores(as) informais residentes no Concelho de Almada, procurando criar condições para o seu descanso, proporcionando-lhes um “tempo para si”.

Link de inscrição para o projeto “Tempo para Si”  Tempo para Si – Formulário de Inscrição

Mais informações na página da APPACDM:  https://appacdm-lisboa.pt/respostas-sociais/tempo-para-si/

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Mensagem Natal

As trevas escuríssimas ofuscam, outra vez, a luz brilhante do Teu Presépio! Faltam-nos: a tua luz, a Tua bondade, a Tua misericórdia, aqueles sábios ensinamentos que repetiste, tantas vezes; outras tantas renegados, vilipendiados, por esta humanidade, progressivamente desvairada, irreversivelmente alienada, escrava do mito, do preconceito, da indigna manipulação, aturdida pelo mais patológico exibicionismo.

Reinam: a blasfémia, a hipocrisia, a mais despudorada mentira, a sede insaciável de riqueza, a obsessão de explorar infinitamente, sugar o sangue dos pobres, dos emigrantes, dos refugiados, de todos os grupos excluídos…

Quem são esses que dizem festejar o Teu Nascimento? Teus discípulos, não são; tão pouco são Teus amigos; com gestos blasfemos, são Teus inimigos! E, sabes, se nascesses hoje, crucificar-Te-iam…

É o que fazem, todos os minutos, a milhares de irmãos que morrem de fome, que sofrem a mais atroz pobreza, que são despojados da sua inalienável dignidade, que morrem, em qualquer viagem, onde somente procuram vida menos sacrificada…

Esta humanidade pecadora não merece celebrar o Teu Santo Nascimento! É merecedora de justíssimo castigo! Manda-a «às penas do profundo»…

Talvez a Tua Misericórdia possa acender «aquela luz» que alumie esta horda de desalmados!

Antes que seja tarde, antes da Tua «profecia» – «Passará o Céu e a terra, mas não passarão as Minhas Palavras» –  terrível, faz-lhe ver o brilho inapagável da Tua luz, porque doutro modo ninguém se salvará…

Tu prometeste a salvação, mas a dureza destes «corações empedernidos» é infinitamente mais digna de «severa punição» que da Tua caridade…

Os Teus gemidos, quando choras no presépio,  não comovem os «donos do mundo»! Os Teus mandamentos não os seduzem; tudo, esqueceram tudo, excepto as mais horrendas vilezas que fustigam o cortejo infinito de explorados! ««Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei»»!««o que fizerdes a um dos Meus irmãos pequeninos, a Mim mesmo o fareis»»! Milhões destes Teus irmãozinhos morrerão de fome; outros tantos padecerão atrocíssimos vexames,  vítimas de horrendas guerras,  naufragados no mar que Tu conheceste…  Que fazer a este pecado organizado? Como desprezar este «concerto de gritos»? Como tolerar esta desumanidade?

É satânico o barulho da alienação desta semente de pecaminosa ilusão… É débil a melodia dos cânticos exaltantes do Teu Nascimento! Não ouvem a Tua Sagrada Palavra; não vêem a Tua  luz brilhante; afundaram-se na desvairada loucura cujas razões ignoram; domina-os trágica ignorância! padecem supina demência!… Em pavoroso acesso de loucura, são capazes de destruir a humanidade…   

Agora, agora, faz o que puderes – Tu és omnipotente! – Não deixes naufragar esta humanidade que mergulha, inconsciente, alucinada: neste caos de desespero, desencanto, neste «deserto de perdição», «na mais austera, apagada e vil tristeza»…

Se não mudarmos de caminho,  porventura,   não haja muito tempo para celebrar mais Natais!…

Este Natal é cenário de Apocalipse!…

  Feliz Natal, longe das mundanas luzes! Perto da luz do presépio!

Venturoso, pacífico, inclusivo 2022!

Fraternidade, solidariedade, justiça, paz, inclusão!…

Façamos, deste tempo de escuríssimas trevas, rebrilhar a luminosa luz do presépio!

Abramos os corações aturdidos à lúcida mensagem do «Natal do Menino Jesus!» 

Ajudem-nos, neste tempo de tribulação, a construir a sociedade   inclusiva, novo rumo da humanidade, expressão luminosa da amorosa mensagem do Menino Jesus!…

DDE/APD – A Direcção
DDE/APD – tlf: 268841666; mail: degesdira@sapo.pt

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Notícias

3º Ciclo de Cinema IncomodArte – Deficiência e Sociedade

IncomodArte – Deficiência e Sociedade, 3º Ciclo de Cinema

Data: 17 e 18 de dezembro 2021  – Teatro Thalia – Lisboa.

Organização

Este ciclo de cinema é uma organização conjunta do Centro de Vida Independente de Lisboa (CVI), da Câmara Municipal de Lisboa (CML), da Associação Portuguesa de Deficientes (APD), da Associação Portuguesa de Deficientes das Forças Armadas (ADFA), do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES-UC) e do Observatório da Deficiência e Direitos Humanos ODDH).

Financiamento
Instituto Nacional para a Reabilitação (INR), Câmara Municipal de Lisboa (CML

Programa
17 Dezembro – Sessão só online!
21h00m – Abertura da 3º edição do ciclo de cinema IncomodArte
21h10m – Exibição dos filmes-documentário – In my language – (2007) realizado por Amanda Baggs – (duração 8m37s) e On getting diagnosed with autism – (2019) entrevista a Hannah Gadsby dirigida por Skavlan – (duração 18m26s)
21h40m – 1º painel

Moderadora: Maye – doutoranda ISCSP (Paula– ficou de contactar e sondar)

Convidados/as
Jovem homem com autismo – (Paula Pinto – contacta José Miguel Nogueira para estabelecer ligação).
Sara Rocha – Ativista pelos direitos das pessoas autistas, cofundadora da Associação Portuguesa Voz do Autista.Sara Martins – Ativista pelos direitos das pessoas autistas, Mãe de jovem com autismo

22h10m – Debate

23h00m – Encerramento do dia

18 Dezembro – Sessões online e presenciais – Teatro Thalia – Lisboa

15h30 – Receção dos participantes

16h00m – Abertura do dia

16h10m – Exibição filme – Crip Camp – (2020) dirigido e coproduzido por Nicole Newnham e James LeBrecht – (duração 1h46m)

18h00m – 2º painel

Moderadora: Ana Catarina Correia – Ativista pelos direitos das pessoas com deficiência, membro da direção do Centro de Vida Independente (CVI), membro da direção da Associação do Porto de Paralisia Cerebral (CVI).

Convidados/as

Judith Heumann – Ativista pelos diretos das pessoas com deficiência EUA 
Jorge Falcato – Presidente da direção da Associação Centro de Vida Independente (CVI) 
Rodrigo Santos – Presidente da direção da Associação de Cegos e Ambliopes de Portugal (ACAPO)

18h30m – Debate

19h00m – 20h30m – Jantar partilhado

20h30m – Exibição filme – Touch me not (2018) realizado por Adina Pintilie (duração 2h03m)

22h30m 3º Painel

Moderadora: Diana Santos – Ativista pelos direitos das pessoas com deficiência, membro da direção da Associação Centro de Vida Independente (CVI)

Convidados/as

Tânia Graça – Séxologa
Gi Pereira – Educadora sexual
Rui Machado – cocriador do Movimento ‘Sim, nós fodemos’; membro da direção da Associação Centro de Vida Independente.

22h45m – Debate

23h15m – Encerramento

Informação adicional:

Filmes legendados em língua portuguesa e Audiodescrição

Debate com tradução para Língua Gestual Portuguesa

Informações:

Morada Teatro Thalia:
Estrada das Laranjeiras, 211, 1649-018 Lisboa (freguesia de São Domingos de Benfica)

Investigador – Senior Researcher  – Fernando Fontes, PhD 
Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra www.ces.uc.pt

Transportes públicos:
Autocarro: Carris – 701, 726, 764
Metro: Linha Azul – Estação Jardim Zoológico.

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Notícias

Setúbal – Dança sobre Rodas 2021

A Associação Oridanza – Cultura em Movimento, em parceria com a Divisão de Cultura da Câmara Municipal de Setúbal, irá organizar um conjunto de oficinas de dança desportiva em cadeira de rodas. Esta modalidade de desporto adaptado tem sido dinamizada em Portugal com a colaboração do projeto Dança sobre Rodas.
No próximo dia 21 de dezembro estará a dinamizar a primeira edição da Oficina de Dança sobre Rodas, aberta à participação de pessoas em cadeira de rodas, com experiência prévia ou não nesta modalidade, ou noutros tipos de desporto adaptado.  
É a primeira vez que organizam este tipo de formação em Portugal e agradecem o apoio na divulgação junto do público.
A participação nesta oficina de dança adaptada é gratuita.
Para mais informações:

www.oridanza.pt     email: geral@oridanza.pt

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Legislação

Dezembro 2021

Legislação Dezembro

Despacho n.º 11943-A/2021 de 2 dezembro

Aprova as tabelas de retenção na fonte sobre rendimentos do trabalho dependente e pensões auferidas por titulares residentes no continente para vigorarem durante o ano de 2022;
https://dre.pt/dre/detalhe/despacho/11943-a-2021-175336207

Lei n.º 83/2021 de 6 dezembro

Modifica o regime de teletrabalho, alterando o Código do Trabalho e a Lei n.º 98/2009, de 4 de setembro, que regulamenta o regime de reparação de acidentes de trabalho e de doenças profissionais;
https://dre.pt/dre/detalhe/lei/83-2021-175397114

Decreto-Lei n.º 109-A/2021 de 7 dezembro

Atualiza as remunerações da Administração Pública e aumenta a respetiva base remuneratória
https://dre.pt/dre/detalhe/decreto-lei/109-a-2021-175595603

Decreto-Lei n.º 109-B/2021 de 7 dezembro

Aprova a atualização do valor da retribuição mínima mensal garantida e cria uma medida excecional de compensação;
https://dre.pt/dre/detalhe/decreto-lei/109-b-2021-175595604

Portaria n.º 294/2021 de 13 dezembro

Procede à atualização anual do valor do indexante dos apoios sociais (IAS);
https://dre.pt/dre/detalhe/portaria/294-2021-175780035

Portaria n.º 301/2021 de 15 dezembro

Procede à atualização de pensões para 2022;
https://dre.pt/dre/detalhe/portaria/301-2021-175923963

Resolução da AR n.º 344/2021 de 22 dezembro

Recomenda ao Governo que alargue a atribuição do Passe Social+ às pessoas com deficiência;
https://dre.pt/dre/detalhe/resolucao-assembleia-republica/344-2021-176317406

Resolução do Conselho de Ministros n.º 184/2021 de 29 dezembro

Aprova a Estratégia Nacional de Combate à Pobreza 2021-2030
https://dre.pt/dre/detalhe/resolucao-conselho-ministros/184-2021-176714553

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Comunicados

Dia Internacional das Pessoas Com Deficiência

Há 29 anos atrás, em 1992, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou o dia 3 de Dezembro, Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, com o propósito de dar a conhecer os problemas enfrentados pelas pessoas com deficiência no seu dia-a-dia. Pioneira e a par dos desenvolvimentos internacionais, a APD comemora o 3 de Dezembro desde a sua criação, através de propostas de políticas inclusivas, alertando para ações prioritárias e reflexão sobre as condições de vida das pessoas com deficiência em Portugal.

A pandemia de grandes dimensões, que obrigou a uma reestruturação a vários níveis, veio por em evidência várias lacunas a colmatar para conseguirmos a inclusão. Os serviços e sistemas não se encontram preparados para o atendimento e acompanhamento das pessoas com deficiência, as respostas demoram a produzir efeitos, as quotas de emprego continuam a não ser cumpridas e tem-se agravado a espera para atribuição de produtos de apoio e para obtenção do atestado de incapacidade multiusos.

A última legislatura trouxe pequenos avanços em relação às condições de vida das pessoas com deficiência, nomeadamente a PSI. No entanto muitos problemas continuaram por resolver como é o caso das acessibilidades físicas e comunicacionais e a antecipação da reforma para as pessoas com deficiência. Mesmo numa fase de dissolução do parlamento, após vários projetos de lei, pareceres de organizações representativas de pessoas com deficiência, foi aprovada recentemente a antecipação da idade da reforma para pessoas com deficiência com pelo menos 60 anos de idade, desde que tenham um grau de incapacidade igual ou superior a 80% e tenham uma carreira contributiva de, pelo menos, 15 anos. O condicionalismo de incapacidade igual ao superior a 80% é contrário à posição defendida pelas ONGPDs e, quanto a nós, representa um retrocesso porque sempre consideramos como sendo um dado adquirido os 60%, tanto mais que a prática legislativa tem definido como limite para o acesso a benefícios fiscais o grau de incapacidade de 60%. O objetivo pretendido consiste em permitir que os trabalhadores com deficiência que sofrem um desgaste excessivo por fatores condicionantes no seu quotidiano que não lhe podem ser imputados, possam usufruir da reforma com alguma qualidade de vida.

A APD lamenta que esta medida tenha tido por base informações pouco fiáveis, já que não se conhece o número exato de pessoas com deficiência em Portugal, nem tão pouco, quantas dessas pessoas poderão estar empregadas e a reunir cumulativamente as condições propostas pelas ONGDPs.

Enquanto Organização representativa das Pessoas com Deficiência, uma das mais antigas em Portugal, a APD reafirma a necessidade de defesa dos direitos, garantias e liberdades fundamentais das pessoas com deficiência, através da elaboração de políticas estruturadas com intuito da inclusão e o cumprimento dos princípios consagrados na Convenção das Nações Unidas Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e não apenas baseadas no fator economicista.

Lisboa, 3 de Dezembro de 2021  

A Direção Nacional da APD

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Comunicados

Não queremos um dia, queremos a vida

O retrocesso da inclusão é o traço mais evidente na comemoração do Dia Internacional das pessoas com deficiência (03/12/2021) oriundo da crise (todas as crises) em aterrador agravamento; é imperativo explicar este cenário, identificando as causas/factores, génese da conjuntura  mais perigosa das últimas décadas, cujas consequências se gizaram, no alvorecer do milénio, quando eclodiu a renegação da Declaração Universal dos Direitos Humanos; apesar da catástrofe, a aprovação (2006) da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência fez vislumbrar sinais de esperança, logo sufocados pela gigantesca crise do capitalismo, 2008, artificialmente prolongada, agravada pela pandemia, de origens pouco claras, impactando fortemente na atrofia do desenvolvimento de estratégias inclusivas.

O capitalismo é antagónico à inclusão! A sua expansão é directamente proporcional à exclusão; em qualquer diagnóstico é manifesta a notoriedade dessa causa.

Não é tempo de festas, folclore, propaganda, demagogias; são desoladoras: a pobreza, a fome, a discriminação, a desigualdade, as perseguições aos migrantes, aos refugiados, a irreversível exclusão dos grupos desfavorecidos, sempre mais longe da dignidade.

É tempo de luto, de profundo desencanto/desespero, de protesto, de luta! É tempo de reclamar, a gritos, a defesa dos direitos das pessoas com deficiência… É tempo de transformar «o nosso dia» em acto cívico onde são imperativos: todos os protestos, todas as reivindicações, todas as denúncias deste pântano de corrupção, de celerada exclusão, vexante afronta aos Direitos Humanos. É tempo de perder ilusões, de rejeitar manipulações, de recusar a intoxicação transmitida pela comunicação social, voz dos opressores…

Em Portugal: as leis referência da inclusão não foram regulamentadas; as disposições constitucionais são  ignoradas; a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência é «letra morta»; o diálogo/participação é ignóbil fingimento. Neste panorama trágico que evolução é previsível? que esperança é possível? Quem é seduzido por ilusões?

A DDE/APD julga esta mensagem ajustada: à gravidade do retrocesso da inclusão; ao urgente esclarecimento das pessoas com deficiência sobre as causas reais da exclusão; à retomada de consciência sobre os malefícios deste contexto contaminado por medos, mitos, preconceitos, hipocrisias, mentiras, destinados a perpetuar:
a exploração; a escravatura; a exclusão.

Agora: defesa dos direitos humanos; cumprimento da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência; unidade, fortaleza, convicção das suas organizações representativas; proclamação da sua função insubstituível na definição do rumo inclusivo, afirmando que à margem destas não é possível construir a sociedade inclusiva, síntese luminosa de todos os direitos de todas as pessoas com deficiência no «mundo novo» que, unidos/organizados, queremos construir…

A DDE/APD exorta as ONG’S/PD, as pessoas com deficiência, as suas famílias, as suas organizações representativas, outras organizações defensoras dos direitos humanos, no«Dia Internacional das Pessoas com Deficiência»: a consolidar a pedagogia dos direitos humanos; pugnar pela execução de toda a  legislação incluente; persistir na exigência de mecanismo de participação;  lutar pela inclusão,  em consonância com o direito universalmente reconhecido.

Sociedade que exclua: os seus membros; as suas organizações representativas;   não é sociedade plenamente democrática!

Não queremos um dia, queremos a vida!

 

Nada sobre nós, sem nós!  

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