Balanço 1º Semestre de 2017

Inicio  »  Comunicados APD  »

Balanço 1º Semestre de 2017

Partilha este comunicado

Facebook
LinkedIn
Twitter
WhatsApp
Email

Balanço 1º Semestre de 2017

Concluído o 1º semestre de 2017,  ofuscam-se ilusões/esperanças no longo/sinuoso caminho da inclusão. Identificando medidas positivas, destaca-se: apatia, hesitação, indícios de demagogia. Repudiando a malévola propaganda dos inimigos da inclusão (os partidos de direita) cuja hipócrita manipulação revela  ignominioso oportunismo, pois, enquanto poder, comportaram-se: à margem da legalidade; como encarniçados inimigos da inclusão; como fraccionistas das organizações representativas das pessoas com deficiência, através de vergonhosas manobras de aliciamento, especialmente dirigidas àquelas que resistiam à abominável intromissão. Quando a DDE/APD repudiou a revisão do estatuto IPSS, tinha razão; quem, como, explicar que instituições ««sem fins lucrativos»» sejam atraídas para a ruinosa actividade especulativa da banca?

É evidente a corrupção permitida pelo famigerado estatuto IPSS; a quem serve esse despropósito? Quem o redigiu? Quem o promove? Quem tem beneficiado das corruptelas, compadrios, clientelas, acoutadas no «comércio social»?

Os factos confirmam: é imperativa mudança na política social, instituindo verdadeiros mecanismos de diálogo/participação dos destinatários! Não terá sido o reconhecimento deste miserável flagelo que conduziu à redacção do Dec-Lei 2017/05/22, simulacro descarado de participação, aprovado pelo actual governo, acolhendo propostas da direita?

O SNS agoniza; nos últimos 15 anos, foi reduzido em 5% o investimento na saúde, quando crescem as necessidades das populações assoladas pela pobreza, pelo envelhecimento, pelo isolamento do mundo rural, enquanto se toleram as PPP’S, com chorudos lucros para o grande capital; já sabíamos: não dizem entidades idóneas que os pobres são os mais desprezados/desprotegidos no SNS? Que injustiça é esta? Para acabar com esta iniquidade, não faz falta  reforço orçamental; faz falta: firmeza, determinação, defesa activa/comprometida dos preceitos constitucionais, da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência; combater, com audácia/fortaleza, interesses sórdidos, incompatíveis com ««o bem comum»»! Quem beneficia do apregoado «crescimento»? Quando será notado pelos grupos desfavorecidos, especialmente nas zonas deprimidas? Do acesso ao SNS, à desertificação; da pobreza à incapacidade de aquisição de medicamentos; tudo é monótono, tudo fica parado, não é perceptível o crescimento!…

A DDE/APD ouviu, – 3º Encontro de Cegos, 06/05 – essas lamentações, repetidas, em tantas iniciativas de esclarecimento, debate, reivindicação, onde pontificou a ausência: – dos órgãos desconcentrados; do poder local; – sinal de desinteresse (reiteradamente repudiado) pela desditosa sorte destes grupos.

A DDE/APD, declara, com plena convicção: {Sem definição imperativa do diálogo/participação, a todos os níveis do Estado, não atingiremos a sociedade inclusiva!}

Constatando o fracasso da defesa do direito ao diálogo/participação, consubstanciado no Dec-Lei 148/2017/05/22, a DDE/APD exorta as organizações representativas das pessoas com deficiência: à luta comprometida pela reposição de efectivos mecanismos de «diálogo/participação»: elaborando/remetendo à Assembleia da República petição para aprovar legislação coerciva garante do diálogo/participação; à denúncia, em todos os organismos internacionais, de tal afronta aos nossos direitos fundamentais; à imediata reivindicação deste direito, basilar na construção da sociedade inclusiva; igualmente é pertinente lutar por justos critérios de atribuição de recursos: que os milhares de milhões de euros destinados à ruinosa especulação bancária sejam consignados às políticas sociais de favorecimento dos grupos desfavorecidos.

É preciso agir! O governo  há-de ser «voz da mudança»; No próximo semestre, nos próximos anos,  é preciso dar passos firmes na construção da sociedade inclusiva.

A resignação não gera mudança! A luta pode transformar; não lutando, perderemos; lutando, é possível a vitória!… «nada sobre nós, sem nós»!… 

 

DDE/APD – O porta voz

Comunicados Relacionados

Dia Internacional da Pessoa Com Deficiência

Foi o 25 de abril de 1974 que permitiu que em 1976 fosse aprovada a Constituição da República Portuguesa e com ela um quadro jurídico estruturante de Leis e Decretos-lei que garantem as condições para que as pessoas com deficiência possam exercer os direitos aí consagrados, em domínios específicos, como é o caso das acessibilidades, da mobilidade, da educação inclusiva, do emprego e formação profissional, dos cuidados de saúde e de reabilitação, da atribuição de produtos de apoio, da prestação social de inclusão, entre outras.

A Paz, o pão, habitação, saúde, educação, inclusão!

A DDE/APD manifesta plena solidariedade às acções em defesa do Serviço Nacional de Saúde; salientem-se as que se realizam, promovidas pela CGTP, 16/09/2023.  Acrescenta a urgência de reclamar: educação inclusiva; políticas sociais promotoras da inclusão! No início deste ano lectivo, verificamos a redução/supressão de métodos pedagógicos capazes de assegurar aos alunos com deficiência qualidade educativa, porque os tecnocratas ignorantes do ME não distinguem ««educação inclusiva» doutras práticas educativas.   Hoje, sempre, a DDE/APD, intérprete das aspirações das pessoas com deficiência, proclama cabal solidariedade a todas as lutas pelos requisitos da inclusão, destacando a PAZ, espaço do progresso, da justiça, da solidariedade, do humanismo, da inclusão… À rua, à rua – casa dos pobres – defender os direitos humanos, exigir a efectiva dignidade,  reclamar a inclusão… Protestar, repudiar, condenar a força bruta, cruel, do capital, revelada na criminosa obstinação da guerra. À porta do 50º aniversário da gloriosa Revolução de Abril – porta da inclusão – redobrar a mobilização, agudizar consciências, rejeitar hipócritas, fingidos, discursos tecidos, com aleivosia, para explorar todos os povos, reduzi-los à escravatura da exploração capitalista. Abril foi rica lição: na pluralidade de conquistas, salientando a inclusão; na gigante traição dos falsos democratas. Prefiguram-se novas ambições de asfixiar, controlar, o universo associativo, insinuam-se novas discriminações, novos aliciamentos ao voto cativo… A DDE/APD, convicta da força das ONG’S/PD na construção da sociedade inclusiva, exorta todas as ONG’S/PD à participação comprometida nas comemorações da Revolução de Abril, sempre em luta tenaz pela «inclusão plena», ««porta que Abril abriu!»» Hoje, sempre, em luta! Sem luta seremos derrotados, excluídos… Lutando unidos, a vitória é possível!… ««Nada sobre Nós, sem Nós»» DDE/APD

8 Março | Dia Internacional da Mulher

A Associação Portuguesa de Deficientes, neste Dia Internacional da Mulher, exige que o Estado adopte as medidas económicas e sociais necessárias para a promoção da igualdade, tal como recomendado pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

Skip to content