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Dia Internacional da Pessoa Com Deficiência

Há 51 anos, no dia 14 de Abril de 1972, a APD foi fundada por pessoas com deficiência determinadas a conquistar direitos. Pessoas que se encontraram para defender esses direitos por ocasião da primeira iniciativa legislativa sobre reabilitação em 1971.

Foi o 25 de abril de 1974 que permitiu que em 1976 fosse aprovada a Constituição da República Portuguesa e com ela um quadro jurídico estruturante de Leis e Decretos-lei que garantem as condições para que as pessoas com deficiência possam exercer os direitos aí consagrados, em domínios específicos, como é o caso das acessibilidades, da mobilidade, da educação inclusiva, do emprego e formação profissional, dos cuidados de saúde e de reabilitação, da atribuição de produtos de apoio, da prestação social de inclusão, entre outras.

O problema é que a legislação está muito longe de ser cumprida e, no dia-a-dia, as pessoas com deficiência continuam a sentir-se discriminadas.

Alertamos que o desvirtuamento da Lei, fomenta uma cultura institucional de indiferença dos serviços públicos face aos problemas, dificuldades, e carências das pessoas com deficiência. A solidariedade transforma-se em caridade, os direitos consagrados pela Lei esfumam-se, aumentando as discriminações e as desigualdades.

É, pois, imprescindível que as associações de pessoas com deficiência estejam atentas a estes fenómenos, os identifiquem, os estudem e os denunciem pelos meios que estiverem ao seu alcance visando a sensibilização dos intervenientes, a correção de medidas administrativas lesivas dos direitos das pessoas com deficiência e a consequente melhoria da tomada de decisões políticas.

Poderá dizer-se que o cumprimento integral da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência não deve limitar-se a alertas, mas sim a desenvolver ações.

Neste dia de grande significado pretendemos que se cumpra o “desafio” lançado há 48 anos na Constituição da República Portuguesa.

Defendemos e queremos que os nossos princípios fundamentais, em convergência com a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, sejam cumpridos! A não discriminação; A Igualdade de oportunidades; A Participação; A Plena inclusão.

Cremos que chegou a altura de reforçar o Associativismo como forma efetiva de participação de todas as pessoas com deficiência, através das suas organizações representativas, no processo de implementação, acompanhamento e monitorização das políticas e medidas destinadas a cumprir as disposições da Convenção, que atualmente não estão asseguradas.

O direito de participação é uma obrigação de aplicação imediata porque diz respeito aos processos de tomada de decisão, implementação e monitorização da Convenção. A participação das organizações de pessoas com deficiência no percurso de implementação da Convenção permitir-lhes-ia identificar e assinalar as medidas suscetíveis de promover ou impedir o exercício de seus direitos, tornando mais eficazes as políticas e medidas. A participação plena e efetiva deve ser entendida como um processo regular e não como um facto pontual e isolado.

Continuaremos a lutar por uma mudança real nas políticas relativas à deficiência, pela salvaguarda dos direitos das pessoas com deficiência, pelas pessoas com deficiência, com as pessoas com deficiência.

Lisboa, 3 de dezembro de 2023

A Direção Nacional da APD

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8 Março | Dia Internacional da Mulher

O Dia Internacional da Mulher é uma data que traduz a história secular de luta das mulheres por direitos cívicos, sociais, económicos e políticos e contra todas as discriminações e desigualdades. Permanece como um símbolo da luta emancipadora das mulheres do mundo inteiro.

As mulheres com deficiência sofrem uma dupla discriminação: a discriminação de género e a discriminação causada pela deficiência. Estão mais expostas à pobreza e à marginalização e enfrentam mais barreiras para fazer cumprir os seus direitos. Estas barreiras, que podem ser arquitetónicas, físicas, de atitude, comunicação e informação, manifestam-se também através da falta de recursos e um acesso aos serviços que não corresponde às suas necessidades. Estão também em maior risco de violência, abuso e abandono.

O aumento do custo vida trouxe um aumento das dificuldades para as mulheres, em geral, e para as mulheres com deficiência, em particular, duramente atingidas no seu poder de compra e no rendimento disponível para fazer face às necessidades que se impõem.

A actual conjuntura internacional e a situação das mulheres no nosso País dá-nos a firme convicção que as mulheres têm muitas razões para lutar, impondo-se o combate ao agravamento das suas condições de vida e de trabalho e a denúncia dos seus problemas. É necessário exigir e lutar pela concretização de uma vida melhor, de medidas e políticas que tornem os seus direitos uma realidade e contribuam para autonomia e emancipação das mulheres.

O Dia Internacional da Mulher é também um dia de afirmação da importância da Paz no Mundo, contra todas as guerras, nas quais as mulheres são as vítimas mais sofredoras deste flagelo, sem contar com o aumento de pessoas com deficiência que estas trazem.

A Associação Portuguesa de Deficientes, neste Dia Internacional da Mulher, exige que o Estado adopte as medidas económicas e sociais necessárias para a promoção da igualdade, tal como recomendado pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

A APD saúda todas as mulheres e apela à participação em todas as manifestações comemorativas deste dia, com destaque para a Manifestação Nacional de Mulheres convocada pelo MDM – Movimento Democrático de Mulheres, que se realizará em Lisboa, no dia 11 de Março.

Pela defesa dos direitos das mulheres, pela igualdade!

Lisboa, 8 de Março de 2023

A Direcção Nacional da APD

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O balanço referente ao ano (2022)

 

                                   COMUNICADO APD 

Balanço referente 2022

O balanço referente ao ano (2022) é profundamente condicionado pela mais grave crise do sc XXI. Saliente-se a inabilidade do governo para atenuar, através de medidas negociadas com as ONG’S/PD, cuja experiência/conhecimento no terreno seria forte contributo: para a eficácia; para assegurar os direitos das pessoas com deficiência; para cumprir a CDPD – Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

 O que falta? Justamente democracia, bem expressa na negação ao direito ao diálogo/participação, processo inegociável, enquanto são excessivos/desnecessários: festança, folclore, retórica, inoportunos exibicionismos. A inclusão é vítima indefesa das crises que o governo não é capaz de resolver/superar, submisso a preconceitos oriundos das forças conservadoras, cuja hostilidade à inclusão é evidente. Os desajustamentos na legislação recente resultam: das opções retrógradas; da prepotência da desastrosa maioria.

São um clamor os lamentos, as queixas, das organizações intervenientes no processo incluente!

 Estas lamentações não chegam aos governantes? Não têm eco:  nos restantes órgãos de soberania? No poder local?

Como entender a aplicação de milhões de euros: na guerra; na corrida ao armamento, enquanto padecem privações injustas: todos os grupos excluídos, as suas organizações, particularmente as que agem nos territórios periféricos?

A DDE/APD resiste, aflita por severa carência de recursos económicos, técnicos, humanos, que atrofiam os seus projectos, a sua intervenção global, imprescindível neste território esquecido onde tudo falta: saúde, educação, políticas sociais, transporte público, protecção ajustada, na base da bioética, dos grupos excluídos.

É lamentável a indiferença dos poderes, perante as comemorações do 50º aniversário da APD, organização universal, singular na promoção dos direitos humanos das pessoas com deficiência.

Nada mudou: diálogo, acompanhamento, dedicação das entidades tutelares que não estão, não se esperam, excepto se houver: festança, folclore, palco, exibição.

Deste cenário, há-de concluir-se:

O balanço do ano 2022 é absolutamente negativo…

 As expectativas futuras não serão favoráveis, porque a atitude geradora de efectiva mudança não se perspectiva, face aos indícios vislumbráveis… Cresce, desmesuradamente a riqueza, mais de 5000 milionários, nos últimos 08 anos! Quantos pobres explorados, famintos,  oprimidos, são necessários para fazer um rico?

Resta: resistir, protestar, reclamar, lutar…

No novo ano (2023) «novas lutas», «velhas reivindicações», – na rua, casa dos pobres – destacando o fortíssimo compromisso na luta pela Paz, à dimensão planetária.

São plenamente actuais as directrizes da DDE: Nada será dado, tudo pode conquistar-se, mediante luta tenaz!

O novo ano (2023) será catastrófico, se persistirem: apatia; parálise; comodismo; declínio do trabalho voluntário, génese trágica da decadência do universo associativo.

Sublinhando  a função insubstituível das ONG’S/PD, A DDE/APD, fundada em factos verificáveis, conhecendo os reais promotores da exclusão, repudiando retórica hipócrita, Declara, solenemente:   

À margem do movimento de luta das ONG’S/PD, a inclusão será «impossível! agonizarão os nossos sonhos mais libertos!…

A DDE deverá ser constante na reclamação/exigência: da Paz urgente; imediata detenção da criminosa corrida armamentista.

A Paz é  requisito fundamental da construção da sociedade inclusiva, compromisso inegociável/indeclinável da DDE/APD!…

Nada sobre Nós, sem Nós!

DDE/APD – O porta voz
DDE/APD – tlf:268841666; gab.ddeapd@sapo.pt

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Dia Internacional das Pessoas com Deficiência

 

                                   COMUNICADO APD

           Dia Internacional das Pessoas com Deficiência 

Este ano a ONU definiu como tema para a comemoração do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência: “Soluções transformadoras para o desenvolvimento inclusivo: o papel da inovação na promoção de um mundo acessível e equitativo”.

A APD considera, porém, que em Portugal o foco da resolução das problemáticas na área da deficiência está na efetiva aplicação de políticas públicas assentes em Leis e soluções já disponíveis. Nesta perspetiva o Orçamento de Estado para 2023, recentemente aprovado, é uma desilusão.

Com efeito, o Orçamento de Estado para 2023 não responde à necessidade urgente de salvaguarda dos direitos legítimos e legais das pessoas com deficiência, indispensáveis para se melhorar as suas condições de vida: mantem incógnita a verba disponível para o sistema de atribuição de produtos de apoio; não prevê o aumento da componente base da Prestação Social para a Inclusão, ignorando o efeito devastador do atual contexto de inflação sobre uma população já muito social e economicamente debilitada pelo abandono a que foi votada durante a pandemia do COVID19; ignora a urgência de se reforçar o apoio ao funcionamento das Organizações que representam e defendem os direitos das pessoas com deficiência; também, não se vislumbra neste Orçamento o reforço dos meios necessários para o eficaz funcionamento da Escola Inclusiva, o desenvolvimento do desporto adaptado, a resolução do atraso na atribuição dos Atestados de Incapacidade, a disponibilização atempada de cuidados de saúde para a reabilitação de pessoas com deficiência, incluindo na área de saúde mental.

Nesta data, não pode igualmente esquecer-se que a obrigação do Estado português em garantir a acessibilidade e mobilidade das pessoas com deficiência continua por cumprir, em flagrante desrespeito pela Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência; continua-se à espera da regulamentação da antecipação da idade da reforma para pessoas com deficiência, mantendo a APD a firme convicção de que só será uma medida justa quando abarcar as pessoas a partir de 60% de incapacidade.

A APD nasceu há 50 anos, continuando a manter-se firme na defesa dos direitos, garantias e liberdades fundamentais das pessoas com deficiência, pela inclusão e contra a discriminação, conforme aos princípios consagrados pela Convenção das Nações Unidas Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

Lisboa, 3 de dezembro de 2022

A Direção Nacional da APD

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Dia Nacional das Acessibilidades

Em 2021, foi aprovado na Assembleia da República, por unanimidade, que o dia 20 de outubro fosse declarado oficialmente como o Dia Nacional das Acessibilidades.

No dia de hoje são realizadas as primeiras iniciativas para “celebrar” este dia, com intervenções governamentais, com ações de sensibilização, com palavras de ordem, com “façamos parte de um todo”, “projetemos para todos” e, por fim, surgem exemplos de boas práticas.

Após 20 anos de Legislação Nacional sobre acessibilidade, com normas técnicas para projetar, construir e adaptar a via pública, os edifícios, os terminais de transportes, a informação que deve ser apresentada em formatos alternativos e os sistemas de comunicação acessíveis, não esperamos que este seja apenas um dia para parabenizar ou enaltecer quem cumpre as normas técnicas e a legislação em vigor!

No dia Nacional das Acessibilidades a APD espera do Governo compromissos devidamente definidos, com orçamentação e prazos para que as pessoas com deficiência participem ativamente e sejam verdadeiramente incluídas na sociedade.

As pessoas com deficiência não querem ouvir os problemas que tão bem conhecem, porque os enfrentam diariamente, nem tão pouco as entidades responsáveis pela fiscalização das normas técnicas falar sobre a legislação em vigor e como a colocar em prática. As pessoas com deficiência não querem palavras no dia 20 de outubro. As pessoas com deficiência querem ações e soluções ao longo de 365 dias.

Enquanto Organização representativa das Pessoas com Deficiência, a APD reafirma a necessidade de defesa dos direitos, garantias e liberdades fundamentais das pessoas com deficiência, através do cumprimento da legislação, competindo às entidades fiscalizadoras assumirem o seu papel e atuarem em conformidade para que se alcance a inclusão e o cumprimento dos princípios consagrados na Convenção das Nações Unidas Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

Lisboa, 20 de outubro 2022

O Secretariado Executivo da APD

 

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Dia da Bengala Branca

Comunicado – Dia da Bengala Branca

Inclusão – Retomar o Rumo

Evocar o Dia da Bengala Branca (15/10/2022) especialmente celebrado pelas pessoas com deficiência visual, na actual conjuntura, semeada de indescritíveis perigos, pavorosas ameaças, implica reflexão tão profunda, quanto serena, sobre a desfocada conjuntura das pessoas com deficiência visual, cujos sinais são patentes na dispersão de organizações sectoriais restritas, perpassadas de erráticas opções, longe de reais projectos incluentes. Desmoronou-se o pioneirismo organizacional dos cegos! Que causas conduziram a tão desajustadas opções? A deplorável dispersão afastou os cegos da evolução progressiva, promovida por organizações internacionais/nacionais; privou o universo associativo do contributo daquele grupo, outrora combativo, tão necessário à edificação da sociedade inclusiva, hoje perturbada pela erupção desta pavorosa crise: faliu a retórica humanista; foi revogada a Declaração Universal dos Direitos Humanos – fonte da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência; sucumbiram os ideais apregoados pela U.E.;  fracassou  o modelo social onde cabiam os requisitos imperativos da inclusão, sublinhando a Paz!

Este terramoto excluente reclama a retomada da luta! Que fazer da CDPD? Como cumprir a Estratégia Europeia para a Deficiência 2020/2030? Que justificação para o notório retrocesso das políticas inclusivas, posto em prática, oculto por intoxicante propaganda, pelo actual governo? Não retornam sinais de violação dos direitos humanos – direito à vida – pela morte de professoras, doentes oncológicas, a quem foi recusada a mobilidade, na base da nova legislação de recorte conservador?

A educação inclusiva sofre as iníquas consequências das opções governamentais retrógradas! As velhas soluções austeras, atingem, com evidente impacto, as políticas sociais, claramente consumadas na injusta política de empobrecimento: derivada da inflação; resultado da desvalorização das pensões e outras prestações pecuniárias; «sempre os mesmos a pagar», enquanto os lucros dos grupos económicos crescem, sendo intolerável a recusa do governo de aplicar taxas excepcionais sobre lucros desmesurados. Estas e outras opções excluentes penalizam as pessoas com deficiência – os mais pobres, entre os pobres!

A DDE/APD tem reclamado, repetidamente, programas, estratégias, destinadas a proteger os cegos, salientando: nos territórios periféricos subdesenvolvidos; as vítimas indefesas de cegueira geriátrica. Esta crise deverá ser lição esclarecedora cujos destinatários privilegiados, as organizações de pessoas cegas deverão aprender: A passividade, o conformismo, o criticismo, certos carreirismos, ilusões insustentáveis,  não defendem/protegem, eficazmente,  os representados; é decisivo contrapor ao folclore: diálogo; recursos; claras estratégias inclusivas, destacando a educação, onde são incontestáveis inúmeras insuficiências.

{Inclusão é questão de direitos humanos; sintoma de desenvolvimento económico, social, cultural!}

Recordando o 160º aniversário [18/10 (1862)] do nascimento de ««Branco Rodrigues»» recordemos, igualmente: a sua lição de fraternidade; o seu valoroso exemplo de «filantropia»; repudiemos o cúmplice silêncio, génese do desconhecimento de tanta audácia, enquanto «torpes personagens» são utilizados para ilustrar intoxicante propaganda excluente.

A DDE/APD saúda fraternalmente, neste dia: as pessoas com deficiência visual; as suas organizações representativas.

Neste «tempo de trevas»: toda a coragem é precisa; toda a luta é justa; tudo quanto construirmos – unidade, fortaleza, diálogo consciente/liberto; – hão-de ser «pedras vivas do luminoso caminho, rumo à reabilitação da inegociável aspiração:

««retomar a intervenção, visando construir a sociedade inclusiva, erigindo como lema:

Nada sobre Nós, sem Nós!…

DDE/APD – O porta voz

DDE/APD – tlf: 268841666; dir.dde@sapo.pt

 

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Mensagem Natal

As trevas escuríssimas ofuscam, outra vez, a luz brilhante do Teu Presépio! Faltam-nos: a tua luz, a Tua bondade, a Tua misericórdia, aqueles sábios ensinamentos que repetiste, tantas vezes; outras tantas renegados, vilipendiados, por esta humanidade, progressivamente desvairada, irreversivelmente alienada, escrava do mito, do preconceito, da indigna manipulação, aturdida pelo mais patológico exibicionismo.

Reinam: a blasfémia, a hipocrisia, a mais despudorada mentira, a sede insaciável de riqueza, a obsessão de explorar infinitamente, sugar o sangue dos pobres, dos emigrantes, dos refugiados, de todos os grupos excluídos…

Quem são esses que dizem festejar o Teu Nascimento? Teus discípulos, não são; tão pouco são Teus amigos; com gestos blasfemos, são Teus inimigos! E, sabes, se nascesses hoje, crucificar-Te-iam…

É o que fazem, todos os minutos, a milhares de irmãos que morrem de fome, que sofrem a mais atroz pobreza, que são despojados da sua inalienável dignidade, que morrem, em qualquer viagem, onde somente procuram vida menos sacrificada…

Esta humanidade pecadora não merece celebrar o Teu Santo Nascimento! É merecedora de justíssimo castigo! Manda-a «às penas do profundo»…

Talvez a Tua Misericórdia possa acender «aquela luz» que alumie esta horda de desalmados!

Antes que seja tarde, antes da Tua «profecia» – «Passará o Céu e a terra, mas não passarão as Minhas Palavras» –  terrível, faz-lhe ver o brilho inapagável da Tua luz, porque doutro modo ninguém se salvará…

Tu prometeste a salvação, mas a dureza destes «corações empedernidos» é infinitamente mais digna de «severa punição» que da Tua caridade…

Os Teus gemidos, quando choras no presépio,  não comovem os «donos do mundo»! Os Teus mandamentos não os seduzem; tudo, esqueceram tudo, excepto as mais horrendas vilezas que fustigam o cortejo infinito de explorados! ««Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei»»!««o que fizerdes a um dos Meus irmãos pequeninos, a Mim mesmo o fareis»»! Milhões destes Teus irmãozinhos morrerão de fome; outros tantos padecerão atrocíssimos vexames,  vítimas de horrendas guerras,  naufragados no mar que Tu conheceste…  Que fazer a este pecado organizado? Como desprezar este «concerto de gritos»? Como tolerar esta desumanidade?

É satânico o barulho da alienação desta semente de pecaminosa ilusão… É débil a melodia dos cânticos exaltantes do Teu Nascimento! Não ouvem a Tua Sagrada Palavra; não vêem a Tua  luz brilhante; afundaram-se na desvairada loucura cujas razões ignoram; domina-os trágica ignorância! padecem supina demência!… Em pavoroso acesso de loucura, são capazes de destruir a humanidade…   

Agora, agora, faz o que puderes – Tu és omnipotente! – Não deixes naufragar esta humanidade que mergulha, inconsciente, alucinada: neste caos de desespero, desencanto, neste «deserto de perdição», «na mais austera, apagada e vil tristeza»…

Se não mudarmos de caminho,  porventura,   não haja muito tempo para celebrar mais Natais!…

Este Natal é cenário de Apocalipse!…

  Feliz Natal, longe das mundanas luzes! Perto da luz do presépio!

Venturoso, pacífico, inclusivo 2022!

Fraternidade, solidariedade, justiça, paz, inclusão!…

Façamos, deste tempo de escuríssimas trevas, rebrilhar a luminosa luz do presépio!

Abramos os corações aturdidos à lúcida mensagem do «Natal do Menino Jesus!» 

Ajudem-nos, neste tempo de tribulação, a construir a sociedade   inclusiva, novo rumo da humanidade, expressão luminosa da amorosa mensagem do Menino Jesus!…

DDE/APD – A Direcção
DDE/APD – tlf: 268841666; mail: degesdira@sapo.pt

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