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Novo estudo da OIT destaca a disparidade salarial enfrentada pelas pessoas com deficiência

Segundo um estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), de agosto de 2024, as pessoas com deficiência têm menos probabilidades de participar ativamente no mercado de trabalho e quando trabalham tendem a ganhar menos do que os outros trabalhadores. 

As pessoas com deficiência também enfrentam maiores taxas de desemprego e têm maior probabilidade de trabalharem como trabalhadores independentes, de acordo com o artigo «Um estudo sobre os resultados acerca de empregos e salários de pessoas com deficiência» – A study on the employment and wage outcomes of people with disabilities.

O artigo, que inclui novos dados, revela que as pessoas com deficiência que estão a trabalhar recebem menos 12% por hora do que outros funcionários e funcionárias, em média, e que três quartos dessa diferença – 9% – não podem ser explicados por diferenças em educação, idade e tipo de trabalho. Em países de baixo e médio-baixo rendimento, essa diferença salarial por deficiência é muito maior, de 26%, e quase metade não pode ser explicada por diferenças sociodemográficas.

A situação é mais grave para mulheres com deficiência, que também enfrentam uma disparidade salarial de género substancial em comparação com os homens com deficiência. Em média, em 14 países nos quais dados desagregados por género estavam disponíveis, havia uma disparidade salarial de género de 6% entre mulheres e homens com deficiência, em países desenvolvidos, e uma disparidade de 5% em países em desenvolvimento.

Estima-se que 1,3 mil milhões de pessoas, ou quase uma em cada seis da população global, vivem com alguma deficiência significativa (número de 2021). Com apenas três em cada 10 pessoas com deficiência ativas no mercado de trabalho, a sua taxa geral de participação no mercado de trabalho é muito baixa e o progresso em direção a uma maior inclusão tem sido relativamente lento.

Os resultados sugerem ainda que pessoas com deficiência podem ter tendência para o trabalho independente devido à flexibilidade potencialmente maior que ele oferece em termos de horários de trabalho, acesso a instalações de trabalho e prevenção de discriminação.

Além disso, o documento da OIT propõe uma série de medidas para melhorar a participação das pessoas com deficiência no mercado de trabalho, incluindo tornar o recrutamento online e os processos relacionados mais acessíveis, ajudar ainda mais os empregadores a incentivar a contratação de pessoas com deficiência e apoiar os trabalhadores com deficiência com recursos adequados e adaptações para facilitar o seu trabalho.

O estudo faz parte de um projeto de pesquisa sobre desigualdades que examina os resultados de emprego e salário de grupos populacionais em situação de vulnerabilidade.

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Universidade de Aveiro realiza estudo sobre baixa visão

DIVULGAÇÃO | Investigadoras da Universidade de Aveiro estão a realizar um estudo sobre a experiência televisiva de pessoas com baixa visão ou cegas, no âmbito do Projeto MEO4ALL, financiado pela AlticeLabs. Para poder colaborar neste estudo basta aceder ao link para responder ao questionário: https://forms.gle/L6t8mByneNh8ufB97

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