COMUNICADO APD
Balanço referente 2022
O balanço referente ao ano (2022) é profundamente condicionado pela mais grave crise do sc XXI. Saliente-se a inabilidade do governo para atenuar, através de medidas negociadas com as ONG’S/PD, cuja experiência/conhecimento no terreno seria forte contributo: para a eficácia; para assegurar os direitos das pessoas com deficiência; para cumprir a CDPD – Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.
O que falta? Justamente democracia, bem expressa na negação ao direito ao diálogo/participação, processo inegociável, enquanto são excessivos/desnecessários: festança, folclore, retórica, inoportunos exibicionismos. A inclusão é vítima indefesa das crises que o governo não é capaz de resolver/superar, submisso a preconceitos oriundos das forças conservadoras, cuja hostilidade à inclusão é evidente. Os desajustamentos na legislação recente resultam: das opções retrógradas; da prepotência da desastrosa maioria.
São um clamor os lamentos, as queixas, das organizações intervenientes no processo incluente!
Estas lamentações não chegam aos governantes? Não têm eco: nos restantes órgãos de soberania? No poder local?
Como entender a aplicação de milhões de euros: na guerra; na corrida ao armamento, enquanto padecem privações injustas: todos os grupos excluídos, as suas organizações, particularmente as que agem nos territórios periféricos?
A DDE/APD resiste, aflita por severa carência de recursos económicos, técnicos, humanos, que atrofiam os seus projectos, a sua intervenção global, imprescindível neste território esquecido onde tudo falta: saúde, educação, políticas sociais, transporte público, protecção ajustada, na base da bioética, dos grupos excluídos.
É lamentável a indiferença dos poderes, perante as comemorações do 50º aniversário da APD, organização universal, singular na promoção dos direitos humanos das pessoas com deficiência.
Nada mudou: diálogo, acompanhamento, dedicação das entidades tutelares que não estão, não se esperam, excepto se houver: festança, folclore, palco, exibição.
Deste cenário, há-de concluir-se:
O balanço do ano 2022 é absolutamente negativo…
As expectativas futuras não serão favoráveis, porque a atitude geradora de efectiva mudança não se perspectiva, face aos indícios vislumbráveis… Cresce, desmesuradamente a riqueza, mais de 5000 milionários, nos últimos 08 anos! Quantos pobres explorados, famintos, oprimidos, são necessários para fazer um rico?
Resta: resistir, protestar, reclamar, lutar…
No novo ano (2023) «novas lutas», «velhas reivindicações», – na rua, casa dos pobres – destacando o fortíssimo compromisso na luta pela Paz, à dimensão planetária.
São plenamente actuais as directrizes da DDE: Nada será dado, tudo pode conquistar-se, mediante luta tenaz!
O novo ano (2023) será catastrófico, se persistirem: apatia; parálise; comodismo; declínio do trabalho voluntário, génese trágica da decadência do universo associativo.
Sublinhando a função insubstituível das ONG’S/PD, A DDE/APD, fundada em factos verificáveis, conhecendo os reais promotores da exclusão, repudiando retórica hipócrita, Declara, solenemente:
À margem do movimento de luta das ONG’S/PD, a inclusão será «impossível! agonizarão os nossos sonhos mais libertos!…
A DDE deverá ser constante na reclamação/exigência: da Paz urgente; imediata detenção da criminosa corrida armamentista.
A Paz é requisito fundamental da construção da sociedade inclusiva, compromisso inegociável/indeclinável da DDE/APD!…
Nada sobre Nós, sem Nós!
DDE/APD – O porta voz
DDE/APD – tlf:268841666; gab.ddeapd@sapo.pt