«O dinheiro? ou a Vida?»

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«O dinheiro? ou a Vida?»

Comunicado – DDE/APD /2021

Os verdadeiros contornos da pandemia (covid-19) são obscuros; talvez os nossos netos os conheçam!

Deplorando a intensa perda de vidas, lastimando o sofrimento de milhões de cidadãos, detecta-se «tremenda encenação», fortemente sustentada pela comunicação social, esplendidamente acolitada pelo grande capital. Num mar de sofrimento atroz, espalhou-se forte intimidação, faltou esclarecimento, sobejou manipulação.

A pandemia fez espelhar o menosprezo pelos direitos humanos que prolifera nesta Europa onde a solidariedade é «farsa ridícula», se não fosse trágica.

Quando os partidos do arco da corrupção – CDS, PSD, PS – alinham com a extrema direita na reprovação do levantamento das patentes das vacinas contra o covid-19, que facilitaria a sua produção/distribuição, ficamos esclarecidos sobre os indignos equívocos relativos à pandemia: propaganda intoxicante, onde pontificaram personagens cujo recato se esperaria, em função das suas altas responsabilidades; manipulação, visando sufocar lutas futuras. Apregoar «salvar vidas» e alinhar, sem pudor, na táctica do grande capital, suscita desconfiança.

A pandemia agravou todos os mitos, medos, estereotipos, génese do forte retrocesso na inclusão. A fome ( pandemia prolongada) matou, mata, matará muito mais! Quem suportará as duras consequências da pandemia? Os grupos desprotegidos; os trabalhadores, porque, nem a Europa, nem o governo tomaram, não tomarão medidas concretas de defesa do emprego, apesar dos avultados apoios concedidos.

O aumento do desemprego conduzirá a «cortejo de miséria» incompatível com o «pilar social europeu» cujo fracasso ampliará o desespero desta Europa tão afastada dos seus cidadãos. os lucros do grande capital crescem; a Europa é agente de todas as aventuras belicistas, de todos os conflitos à escala planetária;  a Europa reconhece, mas não combate o progressivo crescimento da pobreza.

«O dinheiro ou a vida»! A Europa optou pelo dinheiro, desprezou a vida… A insolidariedade agigantou-se; a guerra das vacinas reflecte o primado do negócio; a tragédia dos refugiados, o tráfico de pessoas, são ilustrativos do rumo capitalista da União Europeia…

A Europa degradou-se, afastou-se da sua matriz fundacional; alinhou na delirante obsessão belicista de ANATO; Renegou o seu património civilizacional; aparece, neste tempo conturbado, como mais um factor de instabilidade, sinal de perigo para paz; não incorporou nos seus ideais os requisitos da inclusão;  falta à Europa experiência incluente; rejeita o património de sabedoria das organizações representativas das pessoas com deficiência; embora tenha ratificado a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, repetidamente referida na Estratégia Europeia para a Deficiência 2021/2030, não concretiza esse pilar inegociável:

o diálogo/participação das ONG’S/PD. «Nada sobre Nós, sem Nós»…

O Ano Europeu da Deficiência (2003) degenerou em rotundo insucesso; justamente nesse contexto, iniciou-se o retrocesso incluente, agravado: pela total inexistência de diálogo; por falsa propaganda; por despropositadas ilusões das ONG’S/PD; pelas crises futuras da integração capitalista.

Refundar a Europa: inscrever imperativamente a igualdade; agir, acatando a Declaração Universal dos Direitos Humanos; exaltar, de verdade, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência; banir tudo quanto promova discriminação; definir, em diálogo, estratégia conducente à construção da sociedade inclusiva; transformar-se em território promotor/conselheiro de paz; erigir, como princípios: Justiça, fraterniidade, solidariedade, inclusão, humanismo!

Por este rumo a Europa pode renovar-se!

Na terrível senda anterior, não passará de território de medo, de ameaça ao progresso definitivo da humanidade.

É forçoso percorrer o caminho do seu progressivo património civilizacional! Retomar a pedagogia da dignificação da pessoa humana; ser lição de renovação, espaço de inclusão…

Cabe a todos, e cada um, ser actor comprometido nesta mudança, a favor da humanidade…

Paz, pão, – Inclusão

DDE/APD – O porta voz  

DDE/APD: 268841666; mail degesdira@sapo.pt

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Foi o 25 de abril de 1974 que permitiu que em 1976 fosse aprovada a Constituição da República Portuguesa e com ela um quadro jurídico estruturante de Leis e Decretos-lei que garantem as condições para que as pessoas com deficiência possam exercer os direitos aí consagrados, em domínios específicos, como é o caso das acessibilidades, da mobilidade, da educação inclusiva, do emprego e formação profissional, dos cuidados de saúde e de reabilitação, da atribuição de produtos de apoio, da prestação social de inclusão, entre outras.

A Paz, o pão, habitação, saúde, educação, inclusão!

A DDE/APD manifesta plena solidariedade às acções em defesa do Serviço Nacional de Saúde; salientem-se as que se realizam, promovidas pela CGTP, 16/09/2023.  Acrescenta a urgência de reclamar: educação inclusiva; políticas sociais promotoras da inclusão! No início deste ano lectivo, verificamos a redução/supressão de métodos pedagógicos capazes de assegurar aos alunos com deficiência qualidade educativa, porque os tecnocratas ignorantes do ME não distinguem ««educação inclusiva» doutras práticas educativas.   Hoje, sempre, a DDE/APD, intérprete das aspirações das pessoas com deficiência, proclama cabal solidariedade a todas as lutas pelos requisitos da inclusão, destacando a PAZ, espaço do progresso, da justiça, da solidariedade, do humanismo, da inclusão… À rua, à rua – casa dos pobres – defender os direitos humanos, exigir a efectiva dignidade,  reclamar a inclusão… Protestar, repudiar, condenar a força bruta, cruel, do capital, revelada na criminosa obstinação da guerra. À porta do 50º aniversário da gloriosa Revolução de Abril – porta da inclusão – redobrar a mobilização, agudizar consciências, rejeitar hipócritas, fingidos, discursos tecidos, com aleivosia, para explorar todos os povos, reduzi-los à escravatura da exploração capitalista. Abril foi rica lição: na pluralidade de conquistas, salientando a inclusão; na gigante traição dos falsos democratas. Prefiguram-se novas ambições de asfixiar, controlar, o universo associativo, insinuam-se novas discriminações, novos aliciamentos ao voto cativo… A DDE/APD, convicta da força das ONG’S/PD na construção da sociedade inclusiva, exorta todas as ONG’S/PD à participação comprometida nas comemorações da Revolução de Abril, sempre em luta tenaz pela «inclusão plena», ««porta que Abril abriu!»» Hoje, sempre, em luta! Sem luta seremos derrotados, excluídos… Lutando unidos, a vitória é possível!… ««Nada sobre Nós, sem Nós»» DDE/APD

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