A DDE/APD salientou, no balanço referente 2022, o manifesto retrocesso da inclusão!
A inexplicada exclusão da APD do programa «Desporto para Todos», revela: desconhecimento da criação pela APD da primeira escola de desporto adaptado, 1978; completa arbitrariedade, porque não foram enunciados os critérios de aprovação das candidaturas; propósito de discriminação, incompatível com as mais elementares normas: da Constituição; da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência; incumprimento da Estratégia Europeia para a Deficiência 2020/2030.
A delirante adesão do governo à guerra, clarifica: a obediência irracional aos sórdidos interesses da indústria armamentista; ao enriquecimento obsceno dos grandes grupos económicos. Crescem todos os flagelos «que a guerra traz»: pobreza, fome, destruição, doença, deficiência, morte, … milhões para a guerra, afronta aos direitos humanos; tostões para sustentar a fome, a miséria ignóbil, a exclusão…
A DDE/APD declara: A guerra é fonte de exclusão! A paz é requisito fundamental da inclusão! Esta Europa, outrora «berço de cultura, dos Direitos Humanos», renegou, todos os valores ancestrais…
Que velhos, caducos dirigentes são estes que, devendo rejeitara guerra, devendo ser arautos da paz, perderam a razão, desterraram os direitos humanos, esqueceram o sagrado valor da vida, recusam, obstinadamente, ser prosélitos da paz!
Perpassa nesta «decadente Europa» um vendaval pré fascizante, hostil: aos direitos humanos; à dignidade do trabalho; à promoção da erradicação da pobreza; à inclusão… Fracassaram, estrepitosamente, décadas de falsos, fingidos, hipócritas discursos humanistas; revelou-se a «gigantesca teia de enganos», urdida para explorar os povos do mundo inteiro…
Este panorama catastrófico é, infelizmente, patente em Portugal: Incapaz de resolver as insanáveis contradições que gerou, o governo restringe, com «palavrinhas fingidas» direitos; nada faz para assegurar a capacidade de compra de «bens necessários» à crescente multidão que empobrece, perante os vexantes/miseráveis salários; rejeita controlar os preços; ilude, através de vergonhosa intoxicação, promovida pela comunicação social – escandalosamente manipulada – retórica propagandística, à margem: da democracia; da lídima liberdade de expressão; do pluralismo.
Que fazem, onde estão, onde se perdem as entidades supostas guardiãs da inclusão?
No terreno, não as encontramos, não se esperam; não dão passos, escondem-se nos paços…
Trocaram os direitos humanos pela guerra; abominam a paz; desterraram a inclusão; Quem pode confiar nestas elites, afastadas do lugar do sofrimento dos excluídos?!
A DDE/APD repudiou, repudia, esta «farsa que faria rir», se não fosse trágica para a crescente multidão de pobres, vítimas de padecimentos/exclusões, sofridas no país que empobrece, por causa deste cortejo de injustiças.
A DDE/APD manifesta solidariedade incondicional a todas as lutas em defesa dos direitos humanos, cuja violação escandaliza a consciência, os valores perenes do povo português:
Em defesa da saúde, da escola pública (inclusiva); da dignidade do trabalho; da reposição do poder de compra, mediante aumento generalizado dos salários; salienta as iniciativas pela Paz, promovidas pelo CPPC – Conselho Português para a Paz e Cooperação – porque a Paz foi, é, será sempre, requisito fundamental da inclusão…
A subversão da ética republicana, a eclosão de inauditos casos de corrupção, a riqueza fácil dos «compadres», são aviltantes ofensas aos milhares que são fustigados pela pobreza, mesmo trabalhando, porque, os desvairados lucros dos grandes grupos são afronta aos salários miseráveis que lhes pagam.
Neste pântano, nesta desordem, onde fica a inclusão? Que confiança é possível, quando pontificam infames estratagemas para adiar as urgentes políticas inclusivas?
Sem dignificar o trabalho, não imaginemos «inclusão»! à margem das organizações representativas das pessoas com deficiência, cuja participação é negada, esse processo inovador/humanista jamais acontecerá!…
DDE/APD – O porta voz