Dia mundial da Saúde

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Dia mundial da Saúde

Cresce a Desigualdade – Retomar Inclusão

É relevante, nesta tremenda conjuntura, celebrar (07/04) o Dia Mundial da Saúde!

A catastrófica pandemia – cujas causas não são transparentes – confirmou a justeza das políticas públicas de saúde; onde não existem, cresceu a mortalidade, faltaram cuidados preventivos, agravou-se a pobreza, o desemprego, gerou-se o caos; explodiram, na sua verdadeira dimensão, as execráveis consequências das desmedidas ganâncias dos predadores da doença – os grandes grupos económicos, cuja crueldade se revelou na «guerra das vacinas», sendo intolerável/inconcebível o rotundo fracasso da União Europeia: no combate efectivo, esclarecido, à pandemia; na opção pela política mesquinha, em detrimento da ciência;  descuidou possibilidades terapêuticas;  cedeu aos interesses dos predadores da pandemia, cujos lucros aumentaram; Cresceram todas as desigualdades; promoveu a intimidação, através de requintados esquemas de propaganda, utilizando a comunicação social, isolando as populações, temerosa das justas lutas futuras contra à expansão de todas as calamidades: mortalidade; doença; fome; pobreza, desemprego, entre outras, salientando o desmesurado crescimento de transtornos mentais.

Será que em Portugal os adeptos do «negócio da saúde» aprenderam a lição? Que explicação razoável para o afastamento do sector da saúde privada no tratamento da pandemia? Porque não foi requisitado? Porque milhares de médicos disponíveis solidariamente para trabalhar no SNS foram excluídos? Porque foram suspensas milhões de consultas/tratamentos?

No «Dia Mundial da Saúde» é justo assinalar tantas falhas, tanta manipulação, tanta hipocrisia, porque, os que apregoam «salvar vidas», promovem a morte, insistindo, obstinadamente, na eutanásia.

O direito à saúde – direito primordial – consta, inequivocamente: da Declaração Universal dos Direitos Humanos; da Constituição de Abril; – equiparado ao direito à vida – cuja violação configura renegação intencional daqueles direitos, tão apregoados, quando convém, mas violados, impunemente.

O regime democrático fracassou na promoção dos direitos humanos; fazendo cuidada retrospectiva, cotejando a comunicação social – apesar da costumada subserviência – detectam-se: inúmeras afrontas ao direito à vida; intoleráveis negligências; descuidadas degradações de unidades de saúde; cedências aviltantes aos predadores da doença, cuja ganância de fabulosos lucros é permitida pelo sórdido negócio da saúde; injustas desigualdades, fustigando sempre as regiões interiores; dezenas de mortes evitáveis, se houvesse eficácia; crónico sub financiamento dos hospitais públicos, quando são afectas ao sector privado largas verbas, – milhões de euros; repartição fortemente assimétrica de recursos – económicos, logísticos, técnicos, humanos.

Este cenário trágico tem atingido, com particular injustiça, a região Alentejo, palco de reiteradas violações, – mortes: Évora, 1993; Reguengos, 2020 – sempre impunes,  dos direitos humanos; são suficientemente conhecidos os seus traços negativos – desertificação, envelhecimento, dispersão –que exigem planificação rigorosa, cuidadosa, criteriosa.

É  espantosa a ausência de audição das populações; é fuga indigna às responsabilidades/atribuições do estado a repetida obstinação em transferir para as autarquias locais o sector da saúde, porque faltarão, seguramente, verbas suficientes para assegurar cobertura capaz ao público alvo, dadas as suas ingentes necessidades, derivadas da conhecida degradação do tecido social.

A DDE/APD preveniu, denunciou, reclamou! Apresentou imensas propostas! Sem diálogo, desvalorizando a experiência/conhecimento, nada mudou! Nas zonas deprimidas faltam:

planeamento; recursos; gestão eficaz…

Que explicação coerente para a recusa reiterada de plano de contingência para a região?

Falta, igualmente, capacidade reivindicativa, sendo espantosa a apatia do poder local…

A apatia das organizações cívicas é factor de estagnação; reformados, famílias, populações excluídas –  em risco de exclusão – precisam: tomar consciência; organizar-se; unir-se, para fazer ouvir as suas justas exigências, para gerar mudança!…

Defender o serviço Nacional de Saúde – gratuito, geral, universal – é participar da luta tenaz em defesa dos direitos humanos!

Nos nossos dias atribulados, vigiar, reclamar, lutar, afirma a dimensão universal da vaga crescente dos defensores: da fraternidade; da solidariedade; da justiça; da inclusão; do « novo humanismo»!

DDE/APD – O porta voz  – tlf: 268841666; mail: degesdira@sapo.pt    

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Foi o 25 de abril de 1974 que permitiu que em 1976 fosse aprovada a Constituição da República Portuguesa e com ela um quadro jurídico estruturante de Leis e Decretos-lei que garantem as condições para que as pessoas com deficiência possam exercer os direitos aí consagrados, em domínios específicos, como é o caso das acessibilidades, da mobilidade, da educação inclusiva, do emprego e formação profissional, dos cuidados de saúde e de reabilitação, da atribuição de produtos de apoio, da prestação social de inclusão, entre outras.

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