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Dia Mundial dos Pobres

A conjuntura gravíssima que nos fustiga justifica a evocação do 5º Dia Mundial dos Pobres.

A expansão da pobreza é afronta abominável à Declaração Universal dos Direitos Humanos; a pobreza gera, irreversivelmente, exclusão; as pessoas com deficiência têm sido qualificadas: ««os mais pobres, entre os pobres»»; apesar de tratados, pactos, convenções, recomendações, resoluções, relativas à erradicação da pobreza, este flagelo cresce!

A pandemia amplificou esta calamidade! A pandemia covid19 passará;  a    execrável pandemia ««pobreza»» prolongou-se, pode prolongar-se, – mata muito mais que a pandemia covid –   porque entre as suas causas múltiplas, destaca-se a exploração capitalista cujo cortejo de injúrias, infâmias, mentiras, violências, é infinito; ser pobre é sinal de proscrição;  a « pobreza envergonhada» é engano, dupla escravatura, porque aqueles que não reconhecem ser pobres, são, ordinariamente: pobres de recursos; pobres de inteligência; sujeitos de manipulações, desprezados pelos opulentos, afastados dos seus irmãos, temerosos da mudança, recusam lutar.

A opressão/repressão da pobreza é «pecado que brada aos céus»! A civilização intitulada «cristã»  renega tal atributo, quando fomenta, agrava, humilha a pobreza, renegando, acintosamente, os Evangelhos.

Os padrões modernos anunciavam a supressão da pobreza; tais promessas reduziram-se a hipócritas discursos! São evidentes novas técnicas de escravatura: fazer publicidade enganadora; iludir com valores profundamente alienantes; aumentar, multiplicando lucro, todos os preços dos bens de necessidade básica; merece condenação fortíssima o sórdido negócio da saúde – da indústria farmacêutica, ao infame sector privado, que afasta: pobres, emigrantes, refugiados, pessoas com deficiência, todos os excluídos.

Repúdio claro justificam instituições que fingem combater a pobreza: fazem chorudos negócios com o seu crescimento; permitem corrupção.

Erradicar a pobreza, recusar ilusões, tomar consciência dos factores/causas indutoras da calamidade, lutar com convicção, defender os direitos humanos, proclamar a inclusão universal, são os caminhos seguros da efectiva transformação social, onde não haja espaço para pobreza, onde pontifiquem a igualdade, a inclusão, como padrões humanistas!

A construção da sociedade dos direitos humanos (sociedade inclusiva) afronta poderosíssimos inimigos… A vitória é possível: quando todos quisermos; quando não alimentemos falsas ilusões; quando a educação, a cultura, a solidariedade, a fraternidade, a justiça, forem planetárias, teremos aberto esse rumo luminoso!

Erradicar Pobreza – Construir Inclusão


O porta voz

DDE/APD – tlf: 268841666; mail: degesdira@sapo.pt

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