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Dia Internacional da Pessoa Com Deficiência

Há 51 anos, no dia 14 de Abril de 1972, a APD foi fundada por pessoas com deficiência determinadas a conquistar direitos. Pessoas que se encontraram para defender esses direitos por ocasião da primeira iniciativa legislativa sobre reabilitação em 1971.

Foi o 25 de abril de 1974 que permitiu que em 1976 fosse aprovada a Constituição da República Portuguesa e com ela um quadro jurídico estruturante de Leis e Decretos-lei que garantem as condições para que as pessoas com deficiência possam exercer os direitos aí consagrados, em domínios específicos, como é o caso das acessibilidades, da mobilidade, da educação inclusiva, do emprego e formação profissional, dos cuidados de saúde e de reabilitação, da atribuição de produtos de apoio, da prestação social de inclusão, entre outras.

O problema é que a legislação está muito longe de ser cumprida e, no dia-a-dia, as pessoas com deficiência continuam a sentir-se discriminadas.

Alertamos que o desvirtuamento da Lei, fomenta uma cultura institucional de indiferença dos serviços públicos face aos problemas, dificuldades, e carências das pessoas com deficiência. A solidariedade transforma-se em caridade, os direitos consagrados pela Lei esfumam-se, aumentando as discriminações e as desigualdades.

É, pois, imprescindível que as associações de pessoas com deficiência estejam atentas a estes fenómenos, os identifiquem, os estudem e os denunciem pelos meios que estiverem ao seu alcance visando a sensibilização dos intervenientes, a correção de medidas administrativas lesivas dos direitos das pessoas com deficiência e a consequente melhoria da tomada de decisões políticas.

Poderá dizer-se que o cumprimento integral da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência não deve limitar-se a alertas, mas sim a desenvolver ações.

Neste dia de grande significado pretendemos que se cumpra o “desafio” lançado há 48 anos na Constituição da República Portuguesa.

Defendemos e queremos que os nossos princípios fundamentais, em convergência com a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, sejam cumpridos! A não discriminação; A Igualdade de oportunidades; A Participação; A Plena inclusão.

Cremos que chegou a altura de reforçar o Associativismo como forma efetiva de participação de todas as pessoas com deficiência, através das suas organizações representativas, no processo de implementação, acompanhamento e monitorização das políticas e medidas destinadas a cumprir as disposições da Convenção, que atualmente não estão asseguradas.

O direito de participação é uma obrigação de aplicação imediata porque diz respeito aos processos de tomada de decisão, implementação e monitorização da Convenção. A participação das organizações de pessoas com deficiência no percurso de implementação da Convenção permitir-lhes-ia identificar e assinalar as medidas suscetíveis de promover ou impedir o exercício de seus direitos, tornando mais eficazes as políticas e medidas. A participação plena e efetiva deve ser entendida como um processo regular e não como um facto pontual e isolado.

Continuaremos a lutar por uma mudança real nas políticas relativas à deficiência, pela salvaguarda dos direitos das pessoas com deficiência, pelas pessoas com deficiência, com as pessoas com deficiência.

Lisboa, 3 de dezembro de 2023

A Direção Nacional da APD

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A Paz, o pão, habitação, saúde, educação, inclusão!

A DDE/APD manifesta plena solidariedade às acções em defesa do Serviço Nacional de Saúde; salientem-se as que se realizam, promovidas pela CGTP, 16/09/2023.  Acrescenta a urgência de reclamar: educação inclusiva; políticas sociais promotoras da inclusão!

No início deste ano lectivo, verificamos a redução/supressão de métodos pedagógicos capazes de assegurar aos alunos com deficiência qualidade educativa, porque os tecnocratas ignorantes do ME não distinguem ««educação inclusiva» doutras práticas educativas.  

Hoje, sempre, a DDE/APD, intérprete das aspirações das pessoas com deficiência, proclama cabal solidariedade a todas as lutas pelos requisitos da inclusão, destacando a PAZ, espaço do progresso, da justiça, da solidariedade, do humanismo, da inclusão…

À rua, à rua – casa dos pobres – defender os direitos humanos, exigir a efectiva dignidade,  reclamar a inclusão… Protestar, repudiar, condenar a força bruta, cruel, do capital, revelada na criminosa obstinação da guerra.

À porta do 50º aniversário da gloriosa Revolução de Abril – porta da inclusão – redobrar a mobilização, agudizar consciências, rejeitar hipócritas, fingidos, discursos tecidos, com aleivosia, para explorar todos os povos, reduzi-los à escravatura da exploração capitalista.

Abril foi rica lição: na pluralidade de conquistas, salientando a inclusão; na gigante traição dos falsos democratas.

Prefiguram-se novas ambições de asfixiar, controlar, o universo associativo, insinuam-se novas discriminações, novos aliciamentos ao voto cativo…

A DDE/APD, convicta da força das ONG’S/PD na construção da sociedade inclusiva, exorta todas as ONG’S/PD à participação comprometida nas comemorações da Revolução de Abril, sempre em luta tenaz pela «inclusão plena», ««porta que Abril abriu!»»

Hoje, sempre, em luta! Sem luta seremos derrotados, excluídos…

Lutando unidos, a vitória é possível!…

««Nada sobre Nós, sem Nós»»

DDE/APD

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APD solidária com atletas excluídos da Meia Maratona de Lisboa

Na sequência dos acontecimentos registados na meia-maratona de Lisboa do passado dia 12 de março, onde participantes inscritos da Associação de Paralisia Cerebral de Lisboa foram impedidos de participar pela organização da prova, que alegou questões de segurança, a APD não pode deixar de manifestar o seu repúdio pela posição tomada pelo Maratona Clube de Portugal, uma vez que a proibição de participação de atletas em cadeiras de rodas constituiu não só uma violação ao regulamento da prova, bem como uma violação da Lei da Não Discriminação.

A APD está solidária com a APCL, os Iron Brothers e todos aqueles que foram impedidos de participar nesta prova desportiva, apelando à organização que, em conjunto com as organizações de pessoas com deficiência, possam encontrar para o futuro a forma adequada de todos poderem participar em segurança, em condições de igualdade, garantindo a inclusão de todos os atletas.

A APD, com a sua experiência e conhecimento, mostra-se disponível para trabalhar com a APCL e a organização, para garantir que nenhum atleta com deficiência seja excluído de participar nesta fantástica prova.

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8 Março | Dia Internacional da Mulher

O Dia Internacional da Mulher é uma data que traduz a história secular de luta das mulheres por direitos cívicos, sociais, económicos e políticos e contra todas as discriminações e desigualdades. Permanece como um símbolo da luta emancipadora das mulheres do mundo inteiro.

As mulheres com deficiência sofrem uma dupla discriminação: a discriminação de género e a discriminação causada pela deficiência. Estão mais expostas à pobreza e à marginalização e enfrentam mais barreiras para fazer cumprir os seus direitos. Estas barreiras, que podem ser arquitetónicas, físicas, de atitude, comunicação e informação, manifestam-se também através da falta de recursos e um acesso aos serviços que não corresponde às suas necessidades. Estão também em maior risco de violência, abuso e abandono.

O aumento do custo vida trouxe um aumento das dificuldades para as mulheres, em geral, e para as mulheres com deficiência, em particular, duramente atingidas no seu poder de compra e no rendimento disponível para fazer face às necessidades que se impõem.

A actual conjuntura internacional e a situação das mulheres no nosso País dá-nos a firme convicção que as mulheres têm muitas razões para lutar, impondo-se o combate ao agravamento das suas condições de vida e de trabalho e a denúncia dos seus problemas. É necessário exigir e lutar pela concretização de uma vida melhor, de medidas e políticas que tornem os seus direitos uma realidade e contribuam para autonomia e emancipação das mulheres.

O Dia Internacional da Mulher é também um dia de afirmação da importância da Paz no Mundo, contra todas as guerras, nas quais as mulheres são as vítimas mais sofredoras deste flagelo, sem contar com o aumento de pessoas com deficiência que estas trazem.

A Associação Portuguesa de Deficientes, neste Dia Internacional da Mulher, exige que o Estado adopte as medidas económicas e sociais necessárias para a promoção da igualdade, tal como recomendado pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

A APD saúda todas as mulheres e apela à participação em todas as manifestações comemorativas deste dia, com destaque para a Manifestação Nacional de Mulheres convocada pelo MDM – Movimento Democrático de Mulheres, que se realizará em Lisboa, no dia 11 de Março.

Pela defesa dos direitos das mulheres, pela igualdade!

Lisboa, 8 de Março de 2023

A Direcção Nacional da APD

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Dia Mundial da Rádio

A rádio difusão é fonte de informação, algumas vezes exclusiva, das pessoas com deficiência, principalmente nas zonas interiores, onde a mobilidade/acessibilidade são fortemente limitadas.

A contaminação actual da comunicação social, hoje «chaga antidemocrática, submissa, vendida, indigna, atingiu a rádio, outrora fonte confiável de informação, se não totalmente «plural», tratada com critérios de contraste que afastavam: «falsas notícias»; opiniões mascaradas de notícia; cuidado na linguagem, abertura à cultura, às questões sociais, às zonas abandonadas pelos «donos disto tudo» que queriam, querem, praticar compra de consciências,  os «cães de guarda» do grande capital…

Porque sufocaram as rádios locais? Porque desapareceram os centros territoriais do serviço público de rádio difusão? Quem, porquê, é permitida publicidade mentirosa, enganosa, dirigida aos grupos vulneráveis, mais sujeitos ao engano?

Ouvintes antigos da rádio, conhecemos as contradições desse meio de comunicação; ouvimos, indignados, erros inqualificáveis/intoleráveis no uso da língua portuguesa; surpreende a ascensão de tão medíocres cultores da nossa língua, desterrada, sem pudor, por línguas estrangeiras, sintoma patológico de escravatura do imperialismo cultural que nos oprime.

«diálogo, tolerância, paz», sendo requisitos essenciais da construção da sociedade inclusiva, estão, à largo tempo, ausentes da nossa comunicação social.

Quando, ávidos de audiência, para agradar, «voz do dono», tratam temática relativa à inclusão, optam pelo «choradinho», pela caridade, ignorando «os novos rumos» traçados pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

É reprovável a recusa de cobertura da actividade das organizações representativas das pessoas com deficiência, e outras organizações insubmissas aos«seus amos»…

Tem sido espantosa a passividade dos governos na promoção, inscrita na Constituição, da pedagogia da plena inclusão…

Entre nós, nesta deplorável rádio, da pública à privada, degenera em decadência vexante: não servem o ouvinte; vendem-se ao mercado; menosprezam a inteligência dos utilizadores; iludem, faltam à verdade, afrontam o direito à informação fidedigna, principalmente às pessoas com deficiência.   fingiram acolher as directrizes da UNESCO {diálogo, tolerância, paz}… Não as cumprem…

É deplorável evocar este dia: porque a rádio envergonha o pluralismo; faz propaganda da guerra;  omite as outras  guerras; silencia a realidade, como sucedeu no recente terramoto: abundaram notícias da Turquia, faltou informação relativa à Síria… Tal procedimento profundamente condenável, traduz, claramente a «cega escravatura do imperialismo belicista.              
Denunciar, protestar, reclamar, exigir: pluralismo, isenção, qualidade, rigor, preparação profissional, cuidado da língua, devem ser inscritas na agenda das organizações representativas das pessoas com deficiência cujos deveres: consciencializar, esclarecer, mobilizar para a inclusão serão pervertidos por tão vexante informação, especialmente, na rádio, em virtude do seu uso, face às severas restrições na acessibilidade a «informação plural», por grupos desfavorecidos  (milhares de excluídos) em todo o mundo, destacando o nosso pobre país, onde abundam: discursos, encenações, fingimentos…

Faltam: serviço probo, dedicações, ideais…

Os grupos excluídos desejavam, este ano, festejar, em democracia informativa/comunicacional, o Dia Mundial da Rádio…

Esperança frustrada! Essa aspiração molesta os verdadeiros democratas…

Será transcendente promover, ao nível da comunicação social, particularmente na pública, audição das organizações representativas das pessoas com deficiência, porque o património de conhecimento é essencial para fazer activa pedagogia da inclusão; igual protecção mereceriam os milhares de idosos, presos às cadeiras, por causas diversas, em muitos serviços de ajuda…  

Nada sobre Nós, sem Nós!

DDE/APD – O porta voz         

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2022 foi um ano de retrocesso na inclusão

A DDE/APD salientou, no balanço referente 2022, o manifesto retrocesso da inclusão!
A inexplicada exclusão da APD do programa «Desporto para Todos», revela: desconhecimento da criação pela APD da primeira escola de desporto adaptado, 1978; completa arbitrariedade, porque não foram enunciados os critérios de aprovação das candidaturas; propósito de discriminação, incompatível com as mais elementares normas: da Constituição; da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência; incumprimento da Estratégia Europeia para a Deficiência 2020/2030.
A delirante adesão do governo à guerra, clarifica: a obediência irracional aos sórdidos interesses da indústria armamentista; ao enriquecimento obsceno dos grandes grupos económicos. Crescem todos os flagelos «que a guerra traz»: pobreza, fome, destruição, doença, deficiência, morte, … milhões para a guerra, afronta aos direitos humanos; tostões para sustentar a fome, a miséria ignóbil, a exclusão…
A DDE/APD declara: A guerra é fonte de exclusão! A paz é requisito fundamental da inclusão! Esta Europa, outrora «berço de cultura, dos Direitos Humanos», renegou, todos os valores ancestrais…
Que velhos, caducos dirigentes são estes que, devendo rejeitara guerra, devendo ser arautos da paz, perderam a razão, desterraram os direitos humanos, esqueceram o sagrado valor da vida, recusam, obstinadamente, ser prosélitos da paz!
Perpassa nesta «decadente Europa» um vendaval pré fascizante, hostil: aos direitos humanos; à dignidade do trabalho; à promoção da erradicação da pobreza; à inclusão… Fracassaram, estrepitosamente, décadas de falsos, fingidos, hipócritas discursos humanistas; revelou-se a «gigantesca teia de enganos», urdida para explorar os povos do mundo inteiro…
Este panorama catastrófico é, infelizmente, patente em Portugal: Incapaz de resolver as insanáveis contradições que gerou, o governo restringe, com «palavrinhas fingidas» direitos; nada faz para assegurar a capacidade de compra de «bens necessários» à crescente multidão que empobrece, perante os vexantes/miseráveis salários; rejeita controlar os preços; ilude, através de vergonhosa intoxicação, promovida pela comunicação social – escandalosamente manipulada – retórica propagandística, à margem: da democracia; da lídima liberdade de expressão; do pluralismo.
Que fazem, onde estão, onde se perdem as entidades supostas guardiãs da inclusão?
No terreno, não as encontramos, não se esperam; não dão passos, escondem-se nos paços…
Trocaram os direitos humanos pela guerra; abominam a paz; desterraram a inclusão; Quem pode confiar nestas elites, afastadas do lugar do sofrimento dos excluídos?!
A DDE/APD repudiou, repudia, esta «farsa que faria rir», se não fosse trágica para a crescente multidão de pobres, vítimas de padecimentos/exclusões, sofridas no país que empobrece, por causa deste cortejo de injustiças.

A DDE/APD manifesta solidariedade incondicional a todas as lutas em defesa dos direitos humanos, cuja violação escandaliza a consciência, os valores perenes do povo português:
Em defesa da saúde, da escola pública (inclusiva); da dignidade do trabalho; da reposição do poder de compra, mediante aumento generalizado dos salários; salienta as iniciativas pela Paz, promovidas pelo CPPC – Conselho Português para a Paz e Cooperação – porque a Paz foi, é, será sempre, requisito fundamental da inclusão…
A subversão da ética republicana, a eclosão de inauditos casos de corrupção, a riqueza fácil dos «compadres», são aviltantes ofensas aos milhares que são fustigados pela pobreza, mesmo trabalhando, porque, os desvairados lucros dos grandes grupos são afronta aos salários miseráveis que lhes pagam.
Neste pântano, nesta desordem, onde fica a inclusão? Que confiança é possível, quando pontificam infames estratagemas para adiar as urgentes políticas inclusivas?
Sem dignificar o trabalho, não imaginemos «inclusão»! à margem das organizações representativas das pessoas com deficiência, cuja participação é negada, esse processo inovador/humanista jamais acontecerá!…

DDE/APD – O porta voz

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” A questão do Sahara Ocidental à luz do direito internacional – Um processo de descolonização “

A Associação Portuguesa de Juristas Democratas (APJD)  em organização conjunta com o IURIS (Faculdade de Direito de Lisboa) e o Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto vai realizar no próximo dia 29 de Novembro pelas 18.30, no Anfiteatro 8 da Faculdade de Direito de Lisboa uma Conferência subordinada ao tema: ” A questão do Sahara Ocidental à luz do direito internacional – Um processo de descolonização ” com a participação do Dr. Sidi Omar,  Representante da Frente Polisario junto das Nações Unidas em Nova Iorque e junto da MINURSO – Missão das Nações Unidas para o Referendo no Sahara Ocidental.  

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Dia Mundial da Criança Vida, Paz, Inclusão

A comemoração do Dia mundial da Criança(01/06/2022) repetirá o folclore, servirá o mercado, mas deixará longe os efectivos problemas das crianças.

Agigantam-se as propostas de privatização, na Tresloucada Europa, da segurança social, tão apregoada pelos «predadores da pobreza»; esses mesmos que fizeram, fazem, farão «crua guerra» ao Serviço Nacional de Saúde, para transferir verbas para a guerra; «com papas e bolos, se enganam os tolos»!… «bolinhos», doces na aparência, mas amargos, na realidade… não irão faltar, nesse dia, embora, depois, encham as «bojudas carteiras» os calculistas enganadores, que não são amigos das crianças; – os que renegam compromissos benéficos anteriores;  se fossem, não roubavam salários, não aumentavam os horários de trabalho, não despediam mulheres grávidas, entre outras afrontas aos direitos das crianças.

defender, activamente, os direitos das crianças, implica:

Protegê-las desde o berço, em toda a parte, das infinitas crueldades que lhes são infligidas, sem amor, pelos «esbirros de sempre», quando recomendam a redução dos gastos sociais;  interditar, rigorosamente, a difusão da violência, salientando a violência de género, através de pedagogia da igualdade, da solidariedade, da fraternidade, da supremacia de todos os direitos; impedir a manipulação da criança, difundindo, em nome de pertença modernidade, violências racistas, xenófobas, belicistas; assegurar todos os direitos constantes da Declaração Universal dos Direitos da Criança; garantir, mediante justas políticas de repartição de riqueza, plena inclusão na família;  promover, desde o nascimento, programas de prevenção – baseados na bioética – que favoreçam o desenvolvimento de todas as potencialidades de todas as crianças.   

Apesar de insultante demagogia, faltam, entre nós: qualidade educativa; é intolerável  o péssimo ensino da língua materna (português)      visando corromper a nossa identidade, visando transformar as crianças/jovens em súbditos do império; é urgente definir/executar políticas de prevenção da saúde infantil; reforçar a pediatria, em todas as vertentes;  assegurar programas cuidados de intervenção na criança, em todas as fases da educação; vigiar/preservar os valores humanistas, punindo, rigorosamente, a divulgação de conteúdos antagónicos: à Declaração Universal dos Direitos Humanos; à Declaração dos Direitos da Criança; à  Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência; prevenir perturbações do desenvolvimento harmonioso da criança.

Educar todas as crianças, desde o berço, nos valores da inclusão; o berço há-de ser semente do humanismo!

A DDE/APD saúda todas as crianças com deficiência; exorta os pais a lutar, sempre, a favor da inclusão, prova de verdadeiro amor! A APD será sempre «lugar seguro» para esclarecer, ajudar, guiar todas as famílias na caminhada rumo à inclusão; rejeitemos os modelos artificiais de criança, apregoados pelos «negociantes da pobreza/exclusão»; façamos  um mundo de dignidade, solidariedade, de fraternidade, onde todas e cada criança encontrem «aquele espaço de felicidade sonhada» por todos os progenitores!

Nesta «cruzada pela dignidade, pelo amor», as organizações representativas das pessoas com deficiência tomarão a primeira linha, levantarão a bandeira dos direitos humanos, serão «colo amoroso» para todas as crianças, em todo o mundo!…

A DDE/APD não faltará a esta «batalhinha»!…

A recente morte trágica de dezenas de crianças; as vítimas das  guerras, da fome, cujas perdas incalculáveis de vida, são libelo acusatório à impostura histórica forjada, ao longo de decénios: mistificando discursos, urdindo a aterradora teia belicista, capaz de destruir a humanidade, sacrificando milhões de vidas, ao serviço de  delirantes ambições imperiais.

A defesa dos direitos das crianças, da harmonia social das famílias, da educação pacífica, da igualdade universal, da fruição de todos os direitos humanos, exige: «Paz, rumo urgente, imediato!»…

A Paz é requisito primordial da inclusão! Os seus prosélitos hão-de anunciar, sempre, à escala planetária: ««Paz sempre»»! Gritarão, com voz forte: « Paz, Direitos Humanos, Inclusão!

Onde floresça território de igualdade, paz, crescimento, felicidade!        

Nada sobre as Pessoas com Deficiência, sem as Pessoas com Deficiência!

 

DDE/APD – O porta voz   

DDE/APD tlf:268841666. Mail: grp.dde@gmail.com

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50 Anos APD “Maio Social 2022”

No âmbito das comemorações do 50º aniversário da APD e integrado nas iniciativas do “Maio Social”  realizou-se  no dia 14 de Maio, no auditório dos serviços centrais da Câmara Municipal do Seixal, um espetáculo musical com o artista Sebastião Antunes.

A APD contou com a presença do Sr Vice-Presidente da Câmara Municipal do Seixal  Dr Paulo Silva,  na Sessão de Encerramento. Agradecemos a todos os presentes e em especial ao artista Sebastião Antunes que é um nome incontornável da musica portuguesa.

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Aniversário da APD 50 anos

A Direção Nacional lançou o repto ao nosso sócio fundador, Joaquim Cardoso, para escrever umas linhas sobre a APD no dia do seu nascimento! E fomos tão brilhantemente brindados!

“A memória desabrocha na data do 50º aniversário da Associação Portuguesa de Deficientes, concebida/gerada num contexto de profundas carências, injustiças, rejeições, miséria, pobreza, quando a deficiência era ocultada, causava, nas classes pudentes, complexo de culpa, sublimado na caridade, mas manifesto em ignóbeis repressões, parecendo punir os castigados por um enorme menosprezo, quando eram detidos os que eram forçados à mendicidade, subtraindo-lhes o conteúdo das magras esmolas.

A agudização da guerra colonial, génese de múltiplas incapacidades, a tomada de consciência de algumas pessoas com deficiência atingiram algum conhecimento, apesar de duríssimas privações, designadamente nos territórios, templos do opróbrio, abriram um rumo novo, prelúdio da gloriosa revolução de Abril…

Desde 1970, foram sendo realizadas reuniões participadas por um grupo activo, persistente, generoso, disposto a produzir «mudança», embora certos da inexorável repressão da ditadura.

Nado no Alentejo, pulsou a indomável aspiração à liberdade, ao conhecimento, à luz inefável da dignificação da pessoa humana. Lá estive! A juventude libertou a vocação à inovação, à singularidade, à igual aspiração à universalidade de todos os direitos, sem cuidar das causas, origens, porque todos padecíamos os mesmos vitupérios. A conjuntura impediu-me fazer quanto desejava, mas o ideal ardia, acendia a audácia de lutar, a certeza certa da transcendência de constituir a nossa querida APD.

Esta «menina» celebra 50 anos, sofreu, lutou, sempre leal às pessoas com deficiência… Terá feito algumas traquinices, mas jamais mudou de caminho, renegou os seus ideais!…

Tenho, como «sócio fundador», percorrido estrada atribulada, atravessando um território marginalizado, hostilizado, fortemente açoitado pelo apego à liberdade, pelo o amor à cultura, pelo indefectível zelo das suas gentes, tão ofendidas, tão exploradas, tão humilhadas, mas sempre verticais…

Muitos meses, muitos dias, muitas noites, dedicados à nobilíssima causa dos Direitos Humanos!

Tanta indiferença, tanta incúria, algumas intolerâncias, não debelaram a resistência…

As convicções, a inelutável certeza da vitória, a evidência da profetizável mudança, a determinação de legar às futuras gerações futuro fraterno, liberto, humanista, inclusivo, foram bússola desta longa estrada…

«Servir», não se servir, foram, são, serão sempre estrelas rutilantes nestas tenazes tribulações…

Sócio fundador, activista, há 50 anos da «amada APD», faltam palavras para felicitar todos os associados, todos os dirigentes, para recordar «heróis» que repousam no acento etéreo, cuja vinculação à luta das pessoas com deficiência, malgrado as suas limitações, é epopeia humanista que nos há-de conduzir ao combate, aos combates (pacíficos) para superar o mais perigoso retrocesso social, o mais temeroso ocaso da inclusão…

Ânimo, coragem, audácia, inquebrantável fortaleza, abnegada dedicação, intrépida lealdade, são profecia que há-de cumprir-se na radiosa vitória do projecto, dos princípios, dos ideais impregnados/repletos de humanismo da Associação Portuguesa de Deficientes!…

Recebam deste velho sócio fundador, este pregão de confiança, este penhor de fraternidade, esta amizade, mesmo na austeridade, às vezes, da crítica…

««Nada sobre Nós, sem Nós»»

Temos «voz», Não falem por Nós, queremos ser escutados…

««Se não nos deixam sonhar, não vos deixaremos dormir»

Felicitações, querida APD! Que festejes 50, 100, muitos, muitos aniversários.

Dado em Borba, aos 13 dias de Abril 2022

Joaquim Manuel Cardoso
“Sócio Fundador”

Agradecemos a todos os homens e mulheres que se tem vindo a entregar à defesa dos direitos humanos das pessoas com deficiência, ao longos destes 50 anos.
E um especial agradecimento aos nossos associados pela confiança no nosso trabalho.
O trabalho é para continuar!

A todos que pretendam deixar uma mensagem de parabéns, sintam-se à vontade para o fazer para: info-sede@apd.org.pt

Pela APD

A Presidente

Gisela Valente

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