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Tribuna Pública acessibilidades e transportes

A APD, em conjunto com a Comissão de Utentes dos Transportes de Lisboa, realizou uma Tribuna Pública por melhores acessibilidades, por melhores transportes. A iniciativa teve lugar na passada sexta-feira, no Cais do Sodré, em Lisboa, para reivindicar o direito de todas as pessoas à mobilidade. A intervenção por parte da APD esteve a cargo de Helena Rato, Vice-Presidente da Direção Nacional.

Muito embora exista legislação referente à acessibilidade, e normas técnicas para se construir e desenhar para todos, certo é que ainda existe muito por cumprir no que diz respeito à acessibilidade nos transportes públicos.

Fruto de opções políticas, não faltam infraestruturas sem condições de acessibilidade. Na área dos transportes este problema sente-se de vários modos.

Os transportes, sejam eles ferroviários, rodoviários ou marítimos, devem assegurar o acesso livre, desimpedido, informado e em segurança, bem como a sua acomodação e circulação no interior.

Na cidade de Lisboa, o Metro é um caso flagrante, quando em pleno século XXI continuam a existir muitas estações sem elevador, mas o problema estende-se aos restantes meios de transporte. Sendo esta a limitação mais óbvia, a verdade é que não é só de elevadores que se deve falar. Importa referir, também, as constantes avarias de escadas rolantes, que com frequência tardam em ser reparadas, a distância entre a plataforma e a carruagem, demasiado grande para que possa ser transposta com segurança, a falta de acessibilidade nas estações com ligação a outros meios de transporte, como acontece na articulação com o comboio na estação dos Restauradores, ou a falta de informação em vários formatos, para que seja acessível a todos. Enfim, os problemas de acessibilidade são vários.

Estas limitações afetam não só os utentes que andam de cadeira de rodas, mas também os utentes que transportam um carrinho de bebé, os utentes com deficiência visual, aqueles que já têm dificuldades em caminhar, e até mesmo qualquer utente que se veja confrontado com a necessidade de subir uma escadaria gigante como as que existem em algumas estações de Metro mais profundas.

A mobilidade é um direito fundamental. É necessário investir na modernização das infraestruturas públicas e respeitar as normas técnicas para a acessibilidade. O Metro e os transportes públicos devem ser para todos, como para todos deve ser o nosso país.

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