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Venha Jogar Xadrez – para cidadãos invisuais e com baixa visão

Venham jogar Xadrez connosco!

Este é o lema da Federação Portuguesa de Xadrez, com o apoio da ART-Associação de Residentes de Telheiras, para incentivar a aprendizagem junto dos mais novos.
O alcance geográfico desta iniciativa é a região de Lisboa.
O Xadrez é uma atividade com múltiplos benefícios para o desenvolvimento intelectual, emocional e social das crianças.
A aprendizagem do Xadrez estimula a concentração, memória, raciocínio lógico, a visão espacial, a criatividade e alicerça processos de planeamento, organização e tomada de decisão, conferindo ao aluno ferramentas que serão úteis ao longo de toda a vida.
O Xadrez ensina a perder. O Xadrez é um jogo individual em que a responsabilidade das derrotas apenas pode passar pelo jogador. É ao aprendermos a reconhecer os nossos erros que podemos evoluir.

No contexto da deficiência visual, o Xadrez é a única modalidade em que o atleta compete em pé de igualdade com atletas visuais, quebrando as barreiras tradicionais do desporto adaptado. Desta forma o Xadrez adaptado constitui uma  ferramenta particularmente interessante na construção de um saudável desenvolvimento emocional e social do cidadão invisual ou de baixa visão.
Mas acima de tudo o Xadrez é um jogo divertido em que passamos bons momentos com os nossos amigos e colegas.

A Federação Portuguesa de Xadrez (com o apoio do IPDJ) compreende a importância do xadrez no desenvolvimento dos cidadãos com deficiência visual e reconhece o estado pré-embrionário do xadrez adaptado em Portugal. Assim, a Federação lançou as bases para o desenvolvimento do Xadrez adaptado em Portugal, desafiando todos clubes e treinadores a criarem ações em 3 pilares:

               1 – Divulgação da modalidade 

               2 – Iniciação ao xadrez para cegos

               3 – Ensino de nível intermédio e avançado

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São Luiz – VELHⒶS

No dia 28, domingo, às 16h, haverá uma sessão com audiodescrição (AD), em cena na Sala Luis Miguel Cintra estará VELHⒶS de Francisco Camacho. O reconhecimento de palco é às 15h,  seguindo todas as normas da DGS.

Reservas através: nunosantos@egeac.pt  (916 307 370) Nuno Santos

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Lei 6/71 – memória

( Promulga as bases relativas à reabilitação e integração social de indivíduos deficientes )

Recordar, Reclamar – construir Inclusão

 

Recordar o 50º aniversário da  Lei 6/71/11/08, na data da  sua publicação, – aprovada 28/04/1971  pela Assembleia Nacional – descobre o paradoxo da rotunda desilusão da construção da sociedade inclusiva. A Lei 6/71 não consagrava o direito ao diálogo/participação, porque exprimia a visão da ditadura, expressa no silêncio imposto as organizações sectoriais. Oriunda da guerra colonial, cuja rejeição crescia, o governo da ditadura pretendeu, através da lei, produzir, de modo oculto, mensagem justificativa da guerra, cuja recusa se manifestava, subliminarmente mesmo nos sectores militares conscientes, bem como em grupos de pessoas com deficiência que frequentavam a universidade. Apesar da repressão, houve debate limitado pelos grilhões da ditadura, cuja síntese se projectou na criação, 1972 (celebrar-se-á o 50º aniversário) da Associação Portuguesa de Deficientes, inovação profunda, porque congregava/universalizava a deficiência, à margem da causa. A lei 6/71 inscrevia a «quota obrigatória de emprego, mas não causou qualquer impacto, porque jamais foi regulamentada, salientando a inutilidade da Comissão Permanente de Reabilitação (Dec-Lei 474/73/09/25); tal proposta, aplaudida pelas organizações intervenientes, apesar dos seus traços assistencialistas,   foi suprimida na 1ª revisão, operada pela Lei 9/89/05 (produzida por maioria conservadora, excluindo todas as propostas das organizações representativas das pessoas com deficiência, apresentadas/debatidas, durante três anos, no Conselho Nacional de Reabilitação. Idêntico processo reprovável foi praticado na elaboração da Lei 38/2004/08/18; os governos conculcaram, com aleivosia, o direito ao diálogo/participação, violando, impunemente, disposições legais que coagiam o Estado ao seu acatamento.

As forças conservadoras/retrógradas, adversárias da inclusão, propícias à ilegítima intromissão nas ONG’S/PD, praticaram, obsessivamente, afrontamento ao diálogo/participação: – governos Cavaco Silva; (dec-lei 184/92) – recordemos: 1992, restrições vexantes ao funcionamento do SNR; 2003, ilegalidades nefandas na actividade da comissão para o AEPD; 2011/2015 extinção Cnr, (Dec-Lei 126/2012/12/29) substituindo-o por despropositada comissão – fingimento de audição das ONG’S/PD.

O regime democrático executou, de verdade, ouvindo as ONG’S/PD, como seria legal, políticas inclusivas? Revogou as disposições repressivas da maioria conservadora onde pontificaram alguns actores da lei 6/71? Não tem sido posto em prática o mais condenável paradoxo, discurso/praxis? Sendo aprovadas, à margem das ONG’S’PD,  diversas leis reivindicadas, – julgadas «antidemocráticas, em consonância com organizações internacionais idóneas – reconheçamos que não são ««as nossas leis». À margem da democracia participativa, não se edifica inclusão. Que fizeram as organizações representativas das pessoas com deficiência, no regime democrático, salvo honrosas excepções?

Conformaram-se: submeteram-se à ideologia dos governos; trocaram ideais por benesses; acolheram desvairados carreirismos; aliaram-se, algumas, ocasionalmente, à discriminação/perseguição das resistentes, diga-se APD.

A DDE/APD, por fidelidade a princípios, não transigiu, sofreu discriminações, afrontou incompreensões, mas foi «voz dos excluídos/pobres da região.

O actual Governo, dado o contexto da sua constituição, tendo incluído pessoa com deficiência, anunciava mudança; os ecos da mudança são meros rumores, porque, prosseguindo, em aspectos essenciais, especialmente na supressão do direito ao diálogo/participação (Dec-Lei 48/2017/05/22) – requisito inegociável da inclusão –reduz, à semelhança da direita, o processo incluente a discurso retórico, facto evidente no recente «pacote legislativo», aprovado, sem audição,  à margem das organizações representativas das pessoas com deficiência, repetindo, rigorosamente, os procedimentos de anteriores governos conservadores, utilizando métodos antidemocráticos.

Não são perceptíveis sinais de mudança: da saúde à educação; do emprego à participação; das políticas inclusivas, à real garantia da defesa dos direitos humanos.

O balanço da legislatura concluída não é favorável à inclusão: persistiu a ideologia conservadora, resistiu o autoritarismo, suprimindo o direito ao diálogo/participação.  

Crescem, nas regiões deprimidas, os clamores desesperados; ouvimos o desencanto das pessoas com deficiência, desiludidas, desencantadas, porque as promessas são  «vagos discursos»: Sem impacto na pobreza, no isolamento, no acesso às benesses do apregoado crescimento, na fruição de inovadoras medidas efectivas geradoras de igualdade.

A DDE/APD constatou o fracasso das leis 9/89, 38/2004, jamais regulamentadas/aplicadas. instaurada a democracia pela Gloriosa Revolução de Abril, é deplorável:  as duas revisões legais relativas À inclusão  não se configuraram com processos democráticos, marginalizando as ONG’S/PD; é imperativo: agir, exigir a efectiva participação, porque «nada sobre nós, sem nós» é princípio universal cujo acatamento por Portugal é forçoso.

A DDE/APD exorta as ONG’S/PD, as pessoas com deficiência, as suas organizações representativas, outras organizações defensoras dos direitos humanos, no 50º aniversário da Lei 6/71, a lutar pela inclusão,  em consonância com o direito universalmente reconhecido.

Sociedade que exclua: os seus membros; as suas organizações representativas;   não é sociedade plenamente democrática!

O porta voz
DDE/APD – tlf: 268841666. Mail: dir.dde@sapo.pt

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Comunicados

Interrupção de legislatura – Balanço

Interrompida, inesperadamente, a legislatura, importa fazer balanço:

Houve algumas medidas positivas, embora algumas fossem tomadas precipitadamente, sem ponderação da ambiguidade das consequências, parecendo mais pregões de mercado, que defesa da dimensão social da inclusão, posto que são desarticuladas da evolução do tecido social.

Não vislumbrámos estratégia incluente: nada mudou: na reposição do direito ao diálogo/participação; na efectiva atribuição de recursos; na valorização da inclusão na pirâmide do estado, deplorando a inércia da secretaria de estado para inclusão, que não esteve, nem se esperava, na efectiva definição de estratégia consequente/progressiva na real concretização do processo incluente; não houve mudança na atitude relativa às ONG’S/PD, privadas do direito à audição em todas as políticas geradoras de transformações na caminhada inclusiva. É desconfortável a indiferença do órgão soberania «presidente da República»…

Pouco, muito pouco, foi feito, excepto a tradicional propaganda. Falharam medidas concretas para mitigar os efeitos negativos da pandemia, como é patente em diversos estudos, designadamente ao nível da saúde mental; colapsou o Serviço Nacional de Saúde, porque o governo capitulou perante o sórdido negócio dos predadores da doença: recusou requisitar o sector do negócio; recusou incluir milhares de médicos que pretenderam colaborar. Faltou informação criteriosa; outra vez, a comunicação submetida aos desavergonhados interesses do negócio da doença, cuja propaganda é indecente, quando a crise se agrava, desprotegendo, de modo desumano, os grupos sempre castigados pela exclusão.

A crise alarga-se, como a DDE/APD tinha previsto: forte aumento dos preços de todos os bens, destacando: energia, medicamentos; curto crescimento dos salários e prestações sociais; favorecimento dos grandes interesses capitalistas, que renegam a inclusão.

Este cenário faz realçar a apatia de muitas organizações, tão temerosas de perder benesses, quanto afastadas da defesa dos direitos dos destinatários, comprometendo, através de manobras clientelares, os princípios fingidamente enunciados.

Aproximam-se decisões fundamentais na evolução do processo incluente! Conhecemos, de experiência certa – citámos, em comunicados recentes, legislação – o percurso das políticas inclusivas: as forças conservadoras revelaram-se, sempre, antagónicas à inclusão; outras opções, embora não mudassem o panorama inclusivo, em escolhas essenciais acatassem as propostas conservadoras, foram fazendo pouco, mas não promoveram o retrocesso, traço conservador.

Cabe-nos ponderar! O «bom combate» pela inclusão não dispensa a luta, a todos os níveis… Afirmar os requisitos inclusivos, reclamar o cumprimento de todos os actos legais constantes dos  direitos humanos, exigir o direito ao diálogo/participação, pugnar por justa repartição de recursos, hão-de inscrever-se, sempre, na intervenção construtiva das organizações representativas das pessoas com deficiência…        

A DDE/APD, consciente dos traços subdesenvolvidos da região Alentejo, lastimando o declínio do universo associativo, oriundo do decréscimo do voluntariado, não cessará de lutar, neste território de exclusão, por mudanças visíveis na concretização da sociedade inclusiva…

A apatia, a inércia, o conformismo, a capitulação perante o miserável negócio da pobreza – em trágica expansão de consequências imprevisíveis – desterrarão a inclusão – anos, décadas, séculos, e, talvez, milénios.

Superar, mediante intervenção combativa, o lastro de martírio do Alentejo, deveria congregar, sem reservas, as ONG’S do Alentejo, verdadeiramente prosélitas da inclusão. 

Rendição, gera inexorável exclusão!

Lutar pode conduzir à alvorada/vitória da inclusão!

Esta é a dimensão da escolha!

Traduz A medida da nossa convicção no rumo futuro da dignificação das pessoas com deficiência, na defesa de todos os seus direitos universalmente reconhecidos!…

O porta voz  
DDEAPD – tlf: 268841666; mail: degesdira@sapo.pt

 

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Notícias

SOMBRA – Filme que aborda o desaparecimento de crianças

Trata-se de um filme ligado a uma causa: a das crianças desaparecidas. É um filme de amor, força e coragem sobre uma mãe em busca de um filho durante mais de 15 anos. O Bruno Gascon escreveu e realizou esta história com base nas conversas com mães de crianças desaparecidas, incluindo Filomena Teixeira, mãe de Rui Pedro. A Sombra tem uma mensagem muito bonita de amor e esperança e a única forma de continuar nos cinemas é com a vossa ajuda

Em 2020 desapareceram 1100 crianças em Portugal em plena pandemia. Se todos formos ver este filme que tem a parceria da Associação Portuguesa de Crianças Desaparecidas esperamos pôr o assunto na ordem do dia e que possam existir mais meios para encontrar as crianças e prevenir novos desaparecimentos.

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Notícias

CGTP – Conferência Internacional Sobre Arquivos, Memória e Património do Movimento Sindical – 12-11-2021

Conferência Internacional Sobre Arquivos, Memória e Património do Movimento Sindical

A CGTP-IN realiza a 12 de Novembro uma Conferência Internacional sobre Arquivos, Memória e Património do Movimento Sindical.

Poderá assistir a esta Conferência aqui.

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Legislação

Novembro 2021

Legislação Novembro

Despacho n.º 11227/2021 de 16 novembro

Procede à fixação do montante das verbas destinadas ao financiamento dos produtos de apoio.
https://dre.pt/dre/detalhe/despacho/11227-2021-174406823

Resolução da AR n.º 291/2021 de 17 novembro

Recomenda ao Governo a disponibilização de inovação terapêutica para tratamento da esclerose lateral amiotrófica;
https://dre.pt/dre/detalhe/resolucao-assembleia-republica/291-2021-174480987

Resolução da AR n.º 292/2021 de 17 novembro

Recomenda ao Governo medidas urgentes para ultrapassar as dificuldades na formação dirigida a pessoas com deficiência e incapacidade, no âmbito do Programa Operacional Inclusão Social e Emprego;
https://dre.pt/dre/detalhe/resolucao-assembleia-republica/292-2021-174480988

Lei n.º 75/2021 de 18 novembro

Reforça o acesso ao crédito e contratos de seguros por pessoas que tenham superado ou mitigado situações de risco agravado de saúde ou de deficiência, proibindo práticas discriminatórias e consagrando o direito ao esquecimento, alterando a Lei n.º 46/2006, de 28 de agosto, e o regime jurídico do contrato de seguro;
https://dre.pt/dre/detalhe/lei/75-2021-174480833

Decreto-Lei n.º 104/2021 de 27 novembro

Altera as medidas no âmbito da pandemia da doença Covid-19;
https://dre.pt/dre/detalhe/decreto-lei/104-2021-175043500

Lei n.º 80/2021 de 29 novembro

Clarifica os processos de revisão ou reavaliação do grau de incapacidade, alterando o Decreto-Lei n.º 202/96, de 23 de outubro, que estabelece o regime de avaliação de incapacidade das pessoas com deficiência para efeitos de acesso às medidas e benefícios previstos na lei;
https://dre.pt/dre/detalhe/lei/80-2021-175043504

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Comunicados

Dia Mundial da Bengala Branca

Lutar, agora 

A comemoração do Dia Mundial da Bengala Branca, 15 de Outubro, (com particular significado para as pessoas com deficiência visual), tem lugar numa conjuntura de crise que faz regressar a um passado longínquo de exclusão.

Provocada pelo poder económico a crise devora, com insaciável voracidade, tudo quanto fora conquistado nas últimas décadas.

Subitamente, todos os modelos de inclusão foram renegados, todos os discursos desditos; toda a legislação reguladora da inclusão, violada, sempre, com intoleráveis cumplicidades; parece inexistente, escusando tal prática abominável com a pandemia(ignorando outras pandemias permanentes).

Um vendaval de esbulhos, de destruição das políticas sociais, de menosprezo pelo Estado de Direito, de abjuração dos Direitos Humanos,  sacudiu a sociedade, retornando todos os traços ancestrais de exclusão; o descrédito do Estado de Direito Democrático é patente, a desconfiança espalha-se, acentuam-se práticas discricionárias de ingerência no universo associativo; o despotismo de outros tempos reapareceu, quer nos órgãos de soberania, quer nos órgãos governamentais, quer nos desconcentrados. Neste clima de prepotência, invocar a lei: assemelha-se a um delito;  gera ameaças/intimidações; resistir, implica represálias.

A inversão deste panorama de contornos anti-democráticos reconvoca a unidade de todo o universo/movimento associativo, superando preconceitos, enfatizando a etapa rumo à inclusão, recusando, com ânimo, firmeza,  fortaleza: vexatórios tempos de mendicidade, assistencialismo, caridade,  marginalização, exclusão; reclamando a inclusão como concretização do corpo de direitos afanosamente adquiridos, como matriz civilizacional.

A DDE/APD [Delegação Distrital de Évora (Associação Portuguesa de Deficientes)] saúda, fraternamente, neste transe duríssimo, as pessoas com deficiência visual, assim como as suas organizações; reafirma a necessidade de implementar um programa de apoio às pessoas com deficiência visual, salientando a sua desprotecção severa, nas regiões interiores, como reclamou: nos três encontros regionais de pessoas com deficiência visual;  nos encontros distritais de deficientes.

A DDE/APD exorta as pessoas com deficiência visual: à unir-se; consolidar as suas organizações; trilhar este caminho único para defender os seus direitos, proteger as suas conquistas; reivindicar o cumprimento integral da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência;  sustentar os seus sonhos/aspirações.

A DDE/APD, apesar de assolada por crise gravíssima, há-de erguer a voz na defesa de todos os direitos, todas as conquistas, todas as justas aspirações, para todas as pessoas com deficiência. Agir como «pilar sólido» na defesa da construção da «sociedade inclusiva», derrubando todas as barreiras à dignificação das pessoas com deficiência, fundada no progresso civilizacional/humanista, património das organizações genuinamente defensoras/representativas das pessoas com deficiência.   

Não nos resignaremos: à insaciável voragem de rapina dos predadores das pessoas com deficiência: acoutados na  indústria farmacêutica/tecnológica; no sórdido negócio da saúde; em instituições oportunistas, tão sedentas de benesses, quanto afastadas da inclusão.

Não nos seduzem falsas estratégias gastas, oriundas do governo, cuja recusa à inclusão se revela no acolhimento das propostas fracassadas conservadoras, salientando estratagemas maliciosos, conducentes ao declínio do universo associativo: acrescentando sórdida burocracia, génese do decréscimo do trabalho voluntário;   fingindo combater a ignóbil corrupção, mediante mecanismos restritivos (limitação de mandatos) menosprezando as consequências de tão funestos processos, (supressão de ONG’S) ignominiosamente ocultos.  

O panorama desolador indicia: retrocessos imprevisíveis; agravamento trágico da crise; (crises) conclama à luta convicta, unida, forte, organizada, na defesa da edificação da sociedade inclusiva.

A DDE/APD exorta as pessoas com deficiência visual (e suas ONG’S representativas) a aprender a sábia lição de «Branco Rodrigues – mestre/paladino da  inclusão…   

O porta voz

DDE/APD – tlf: 268841666; mail: degesdira@sapo.pt

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Comunicados

95º aniversário falecimento Branco Rodrigues

Branco Rodrigues – Pedagogo - Filantropo

Recordar/Evocar José Cândido Branco Rodrigues ( 1862/1926), na data da comemoração do seu nascimento/falecimento, (18/10/1862/1926) é fazer justiça a um filantropo que abriu, através da educação/cultura, a porta da inclusão dos cegos em Portugal.

Foi fundador das três escolas para pessoas com deficiência visual, distinguiu-se pela probidade, dedicação, serviço; exemplo notável de consciência, cujas lições parecem, algumas vezes, esquecidas. Neste clima de alienação esquecem-se os «grandes homens», em detrimento de ídolos medíocres, veículos servis dos interesses do grande capital: manifestos na gigantesca exploração; concretizados no sórdido negócio da pobreza cujo irreversível crescimento degenerará no agravamento da crise anunciada por trágicos sinais de mais sofrimento para os grupos desfavorecidos, pessoas com deficiência, incluindo as pessoas com deficiência visual fortemente desprotegidas: da degradação do ensino, à inexistência de qualquer resposta ajustada à cegueira geriátrica, em acentuado acréscimo, particularmente nas zonas subdesenvolvidas.

O seu trabalho projectou-se, de modo indelével, na inclusão das pessoas com deficiência visual; a obra de Branco Rodrigues frutificou, porque os cegos foram pioneiros da criação de associações que governavam maioritariamente, antecipando princípios universais que foram consagrados, decénios mais tarde. Qual o estado actual da inclusão das pessoas com deficiência visual? Apesar do sucesso, durante o último quartel do sc XX, de significativo grupo de cegos, no alvorecer do 3º milénio, afectada pelo súbito retrocesso nas políticas inclusivas, regrediu a inclusão, lamentando a passividade das suas organizações representativas, prisioneiras de ilusões, ávidas de benesses, que mergulharam num molesto torpor, cuja persistência nos três lustros do sc XXI, retardou a evolução da edificação da sociedade inclusiva, designadamente nas regiões subdesenvolvidas.

Os governos pouco fizeram; a publicação do Dec-lei 126/04/10/2017 é confirmação incontroversa desta apatia; se as organizações das pessoas com deficiência visual aspiravam à alteração legislativa, foram menosprezadas, porque não foram ouvidas; não basta reoficializar o Braille; faça-se muito mais: garanta-se o ensino obrigatório do Braille a todas as crianças cegas; não recordamos a obstinação de certos tecnocratas do ministério da educação em suprimir o Braille? «cego que não sabe Braille é analfabeto! Onde, quando, foi criada a carreira de docentes de Braille? Foi definida estratégia para assegurar, de verdade, aos discentes cegos sucesso educativo?

É espantoso o retrocesso da inclusão; indigna a apatia das ONG’S representativas das pessoas com deficiência visual: perdidas em estéreis controvérsias; afastadas do verdadeiro objectivo: ««construir a sociedade inclusiva»», espaço ideal para os seus sonhos. 

Branco Rodrigues foi pedagogo; difundiu o direito dos cegos à educação; abriu a porta da inclusão; legou sapientíssimas lições.

Foi filantropo; realizou, movido por valores humanistas, obra esplêndida; fundou as três escolas de cegos.

A DDE/APD – profundamente comprometida com a inclusão dos cegos, na região Alentejo;  Comemorando o 95º aniversário da  morte de Branco Rodrigues, exorta: as pessoas com deficiência visual; as suas organizações representativas, à celebração condigna do centenário da morte do ilustre «amigo dos cegos»; transformar essa efeméride em oportunidade de reconstrução histórica, na base das lições do mestre, movimento dinâmico de reabilitação da intervenção dos cegos, rumo à suprema aspiração «construir a sociedade inclusiva», onde todos sejam iguais, participantes, incluídos, felizes!

A APD, comemorará, 2022, o 50º aniversário; Acolheremos, fraternalmente, as ONG’S de pessoas com deficiência visual.

Seremos parceiros confiáveis no centenário de Branco Rodrigues! Tudo quanto diga respeito à inclusão, cabe no nosso projecto incluente!…     


Nada sobre Nós, sem Nós!

DDE/APD – O porta voz  tlf: 268841666; mail degesdira@sapo.pt

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Antecipação da Reforma para Pessoas com Deficiência – Petição

Aceder à Petição: http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT111168

Para: Exmos. Senhores Presidente da República Portuguesa, Sr. Presidente da Assembleia da República, Presidente do Tribunal Constitucional, Primeiro-ministro, Senhora Secretária de Estado para a Inclusão das Pessoas com Deficiência e restantes Membros do Governo

A 7 de janeiro de 2022 foi publicada em Diário da República a Lei n.º 5/2022, que estabelece a criação do regime de antecipação da idade de pensão de velhice por deficiência.

O condicionalismo de incapacidade igual ao superior a 80% é contrário à posição defendida pelas ONGPDs e, quanto a nós, representa um retrocesso porque sempre consideramos os 60%, tanto mais que a prática legislativa tem definido como limite para o acesso a benefícios fiscais o grau de incapacidade de 60%.

O objetivo pretendido consiste em permitir que os trabalhadores com deficiência que sofrem um desgaste excessivo por fatores condicionantes no seu quotidiano que não lhe podem ser imputados, possam usufruir da reforma com alguma qualidade de vida, tal como define a Convecção para os Direitos das Pessoas com deficiência através do Artigo 28.º “Nível de vida e protecção social adequados”.

Lamentamos que esta medida tenha tido por base informações pouco fiáveis, já que não se conhece o número exato de pessoas com deficiência em Portugal, nem tão pouco, quantas dessas pessoas poderão estar empregadas e a reunir cumulativamente as condições propostas pelas ONGDPs.

Pretendemos que se proceda a alteração das condições de acesso à antecipação da idade da reforma para pessoas com deficiência, considerando que a medida se deverá aplicar a quem tiver uma incapacidade atestada igual ou superior a 60%, cumprindo os restantes requisitos.

Assim e nos termos da lei, os abaixo-assinados, solicitam ao Senhor Presidente da República Portuguesa, ao Senhor Presidente da Assembleia da República, aos Representantes do Governo, que se dignem no curto espaço de tempo possível, fazer produzir legislação que proteja os direitos das pessoas com deficiência.

Pela Direção Nacional da APD – Associação Portuguesa de Deficientes

11 de Janeiro de 2022

Na sequência da Audição Pública realizada pelo Grupo de Trabalho- Direitos das Pessoas com Deficiência da Comissão de Trabalho e Segurança Social da Assembleia da República, a 19 de Outubro de 2021, sobre o Estudo do Regime de Reforma Antecipada para Pessoas com Deficiência, entendeu a APD dever emitir o seguinte comunicado.


Comunicado

Na nossa sociedade as pessoas com deficiência continuam a ser discriminadas pelas barreiras comportamentais e ambientais que impedem a sua efetiva participação nas diversas dimensões da vida cívica e social.

No caso dos trabalhadores com deficiência, esta realidade provoca um desgaste acrescido que lhes agrava as incapacidades, potenciando situações de precocidade no natural processo de envelhecimento, com evidentes prejuízos na sua qualidade de vida e subsequente redução da esperança de vida. Na República da Coreia um profundo, alargado e sério estudo, cobrindo  o período 2004-2017, concluiu que, em média, a esperança de vida das pessoas com deficiência é de menos 18 anos do que a esperança de vida da restante população.

Portugal é um dos Estados signatários da Convenção dos Direitos Humanos das Pessoas com Deficiência. Nessa qualidade, o Estado português reconhece que “as pessoas com deficiência têm direito ao gozo do melhor estado de saúde possível sem discriminação na base da deficiência” (Art. 25º)  e assume o compromisso de tomar as medidas necessárias para que as pessoas com deficiência possam usufruir de uma melhoria contínua nas condições de vida (Art.º 10).

Dado o contexto, a APD reafirma o seu total apoio à legítima e justa reivindicação dos trabalhadores com deficiência para que lhes seja reconhecido o direito à reforma antecipada, sem penalizações e garantindo-lhes condições de vida dignas.


25 de Outubro de 2021

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